Agências de segurança dos EUA podem espionar cidadãos que utilizam IoT
O diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos, James Clapper, disse que agências de segurança note-americanas em breve poderão espionar cidadãos que utilizam internet das coisas (IoT, na sigla em inglês).
Em depoimento para o Comitê de Serviços Armados do Senado, Clapper explicou que dispositivos inteligentes incorporados na rede elétrica podem ameaçar a privacidade e a integridade dos dados, além da continuidade dos serviços.
“No futuro, os serviços de inteligência podem usar a internet das coisas para identificação, vigilância, monitoramento, rastreamento de localização para obter acesso a redes ou credenciais do usuário”, afirmou.
Na prática, isso significa que aparelhos como câmeras de vigilância, sistemas de segurança interna, termostatos e qualquer outra coisa que se conecta à web poderia ser usado por agências de inteligência dos EUA para espionar. Já existe um motor de busca chamado Shodan que permite espiar casas e bairros por meio de câmeras não tão seguras.
O problema é que é difícil para o usuário médio determinar que tipos de dados seus dispositivos conectados coletam, como são armazenados e se eles são realmente seguros.
Em novembro do ano passado, uma boneca Barbie conectada à nuvem da Mattel foi identificada como vulnerável a ataques cibernéticos. Um hacker poderia controlar a boneca e ouvir gravações de áudio feitas enquanto crianças brincavam.
Clapper não disse se a agência de inteligência pode começar a espionagem a partir de dispositivos de vigilância de casa, ou se as atividades seriam compartilhadas com outras forças do governo. O que fica claro, no entanto, é que a indústria precisa incluir padrões mais elevados de segurança em seus equipamentos para assegurar que seus produtos são seguros para salvaguardar os interesses dos cidadãos.