6 desafios e tendências para as cadeias de suprimentos

KPMG lembra que líderes do setor precisam inovar por meio de uma estratégia clara, incorporando tecnologias para manter sua relevância no mercado

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11:59 am - 23 de outubro de 2023
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Um novo estudo realizado pela KPMG abordou os principais desafios dos líderes executivos das cadeias de suprimentos (Supply Chain). A pesquisa “The Future of Supply Chain” identificou que, no curto prazo, esses executivos devem priorizar alguns compromissos, incluindo metas ESG, investimentos em digitalização e automação, e a evolução da força de trabalho. O estudo ouviu 300 executivos de cadeias globais de suprimentos sobre tendências e prioridades.

Já no médio prazo, esses executivos precisam refletir sobre tecnologias DLTs (Digital Ledger Technologies) e moedas digitais (DM), segurança dos fluxos comerciais, e o potencial do metaverso.

“Os líderes de cadeias de suprimentos precisam, através de uma estratégia clara, inovar e ter um foco claro para gerir as operações e superar os desafios que se apresentam. Em um mundo cada vez mais conectado e sensível a questões geopolíticas, as empresas do setor precisam agir rapidamente para mitigar riscos. Devem, ainda, avaliar novas exigências dos consumidores, aumento de custos, descarbonização e iniciativas da concorrência. Somente assim poderão gerar oportunidades de negócios e ampliar sua participação no mercado”, afirma Juan Padial, sócio-diretor de Supply Chain da KPMG no Brasil.

Na lista a seguir, a KPMG resume os seis desafios para o setor de Supply Chain:

ESG

O que antes era uma escolha, agora é uma obrigação, lembra a KPMG. Entre exigências de stakeholders e questões regulatórias, a visibilidade da cadeia de suprimentos é vital, pois ela desempenhará um papel de liderança no assunto. Contudo, 43% dos respondentes da pesquisa não têm certeza sobre o desempenho dos seus fornecedores primários sobre este tema.

Automação

O setor está cada vez mais automatizado, com robôs empilhando, recolhendo e classificando mercadorias, e algoritmos sendo mais utilizados. A KPMG reforça que os executivos devem estar um passo à frente das capacidades emergentes, sejam robôs colaborativos ou IA generativa, para serem verdadeiramente competitivos. “Não há tempo a perder na automação, pois 37% dos respondentes já a utilizam para substituir mão de obra operacional”, diz o estudo.

Força de trabalho

De acordo com a KPMG, o aumento de automação está criando formas novas e inovadoras de colaboração, que estão tornando as cadeias de suprimentos mais eficientes. “Os líderes precisam criar uma força de trabalho híbrida, maximizando automação aliada às competências humanas únicas. Além desta alteração na força de trabalho, 62% dos líderes preveem o desafio da escassez de mão de obra qualificada para este novo cenário”, complementa a consultoria.

DLT e DM

As tecnologias DLTs (Digital Ledger Technologies), como o blockchain, têm sido vistas em grande parte como uma alternativa ao dinheiro tradicional. No entanto, podem ser mais relevantes como fiadoras da confiança nas cadeias globais de suprimentos. “Os líderes devem compreender como as DLTs e a moeda digital (DM) podem proporcionar rastreabilidade para um comércio global mais seguro. Apenas 55% dos líderes descrevem a sua cadeia de suprimentos como estável e bem posicionada para o futuro. DLTs e DM podem ser parte da solução”, sugere a KPMG.

Transformações setoriais

Mudanças enfrentadas por diferentes setores influenciam diretamente as cadeias de suprimentos. No setor de Saúde, a medicina de precisão exigirá operações complexas. No setor aeroespacial e de defesa, as questões geopolíticas estão conduzindo a um maior escrutínio das operações. Enquanto a procura de serviços de nichos aumenta, 67% dos respondentes preveem que será um desafio satisfazer as expectativas dos clientes por rapidez, destaca o estudo.

Metaverso

O estudo também revela que líderes do setor estão cada vez mais entusiasmados com o metaverso (através de digital twins – gêmeos digitais) para conceber e monitorizar a cadeia de suprimentos, identificar pontos fracos e otimizar serviços em tempo real. O momento do metaverso chegará neste setor, com 94% dos respondentes da pesquisa otimistas que as tecnologias de digital twins agregarão valor às organizações.

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Redação

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