Fudadores da Kabum querem anulação da venda para Magalu e acusam Itaú de fraude
Leandro e Thiago Ramos, afirmam que Itaú BBA teria favorecido Magazine Luiza na compra da Kabum
Leandro e Thiago Ramos, fundadores da varejista Kabum, querem a anulação da compra da companhia pelo Magazine Luiza. A Kabum é maior e-commerce de tecnologia e games do Brasil, e teve a transação de sua venda concluída em dezembro de 2021, por R$ 3,5 bilhões.
O pedido foi feito ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), sob o argumento de que a Itaú BBA, divisão de investimentos do banco Itaú, teria favorecido o Magazine Luiza no processo de venda da Kabum.
Os irmãos afirmam que o banco teria agido para que a proposta da Magazine Luiza fosse aprovada. Por conduta “omissiva” ou “comissiva”, argumentaram, a instituição teria manobrado “para que propostas ou negociações com outros interessados fossem sabotadas, minadas ou abandonadas”.
Leandro e Thiago Ramos foram demitidos nesta semana dos cargos de administração que ocupavam na Kabum. Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo, também divulgou que mais doze funcionários da companhia, incluindo diretores, foram demitidos.
Eles argumentam ainda que o processo de venda deveria ter sido mais competitivo. A dupla cita, por exemplo, que Luciano Hang, dono da rede Havan, teria ligado diretamente aos dois para tentar participar do processo.
Em nota enviada à coluna de Lauro Jardim, o Itaú BBA contesta a versão, argumentando que a operação foi concluída após processo “competitivo e transparente” e que os acionistas da Kabum estavam cientes de flutuações no mercado acionário.
“Diante disso, o banco lamenta a existência de uma ação judicial sem qualquer fundamento e que tem, aparentemente, o único objetivo de causar constrangimento. Por fim, ressalta que atua sempre no melhor interesse de seus clientes, pautado nos mais severos padrões de diligência, para oferecer assessoria financeira de qualidade elevada”, escreveu a defesa do banco.