Com novo VP para a América Latina, Denodo quer crescer 50% em 2023

Bernardo Godar assume como diretor geral da Denodo para A. Latina e Península Ibérica – e por aqui deve privilegiar mercado brasileiro de dados

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9:15 am - 01 de junho de 2023
Bernardo Godar Urdiales, Denodo Bernardo Godar Urdiales. Foto: Reprodução, LinkedIn

Crescer 50% em receitas no ano fiscal de 2023, incluindo aumento de 100% em market share no segmento de gerenciamento de dados em toda a América Latina. Esse é o nada modesto objetivo de Bernardo Godar Urdiales, vice-presidente e diretor geral recém anunciado pela Denodo para a América Latina e a Península Ibérica.

“Tenho certeza que é [um objetivo] perfeitamente alcançável”, disse Urdiales, em conversa recente com o IT Forum, motivada pela chegada ao comando da empresa em abril. “Em minha opinião, vamos chegar em 80% [no Brasil].”

Ele explica que sua responsabilidade no novo cargo é impulsionar o crescimento da companhia nas duas regiões macrorregiões, unidas sobretudo pelas línguas (espanhol e português), oferecendo soluções que ajudem clientes a “tomarem decisões de negócios com base em dados, otimizando a eficiência operacional e melhorando a colaboração comercial”.

“Definimos, além de uma estratégia global, uma missão na América Latina: sermos líderes na região no gerenciamento de dados e em qualquer iniciativa de inovação com dados, e permitir que as decisões dos clientes [sejam tomadas] com base em dados”, ressaltou o executivo.

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Segundo ele, há um foco especial no Brasil dentro dessa estratégia. Na América Latina é o maior mercado, e conta com um time dedicado que recebeu recentemente “grande investimento” – e deve continuar recebendo, principalmente na contratação de pessoas.

O time atual, que tem cerca de 10 pessoas, conta com um diretor de canais, um engenheiro de soluções suportando o ciclo de vendas e um executivo de sucesso do cliente. Há, claro, um foco importante em canais, particularmente integradores de sistemas e vendedores de soluções, mas também em provedores de nuvem, com o objetivo de ganhar capilaridade no País.

“Temos parceiras importantes com SAP, Oracle, Salesforce… vários vendedores com que a nossa solução funciona perfeitamente. Os parceiros são cruciais para nossa estratégia”, ressalta o executivo. “Somos um time pequeno com relação ao potencial do mercado, então queremos que nossos parceiros nos deem a capilaridade que precisamos. E, claro, estamos investindo neles.”

Experiência no setor

Bernardo Godar Urdiales é um executivo experiente. Chegou à Denodo após ser country manager na Informatica por quase cinco anos. Também passou 15 anos na alemã SAP, onde foi responsável por contas na Espanha e em Portugal, além de ter sido diretor comercial na Arábia Saudita.

Também desempenhou cargos de gestão em empresas como Seidor, Equifax e Prosegur.

Na Denodo, deverá impulsionar as vendas da plataforma de gerenciamento de dados pela qual a empresa é principalmente conhecida, e que inclui integração, gerenciamento e entrega de dados em ambientes híbridos, na nuvem (ou múltiplas nuvens), além da oferta de serviços de dados corporativos.

A multinacional de origem americana tem presença em 26 países e mais de mil clientes, atendidos por uma rede de mais de 300 parceiros.

“É o tipo de companhia que é interessante para qualquer profissional de tecnologia”, ponderou, ressaltando a importância atual do tema para empresas de qualquer segmento. “Nos últimos sete ou oito anos, dados são foco da agenda de todo c-level em qualquer companhia. Não só o CDO, mas é qualquer líder em qualquer área de negócio. É um tópico cross-trend.”

Estratégia da Denodo

Segundo Urdiales, sua chegada representa uma mudança de estratégia da companhia nas duas regiões. A ideia, diz, é mostrar onde as soluções da companhia se encaixam nas arquiteturas dos clientes e as aprimora – e fazer isso usando principalmente casos de uso como exemplo e argumento de venda.

“Os clientes precisam descobrir como, em diferentes use cases, é possível expandir a proposta da Denodo. Não como uma solução de diferenciação de dados, mas como parte integrante de diferentes iniciativas”, explicou. “Não em iniciativas de virtualização de dados, mas sim em governança de dados, visão 360 do cliente, jornada para nuvem. São milhares!”

O executivo cita como exemplo um grande banco, de nome não revelado, com um projeto complexo de jornada para a nuvem baseado em AWS e com tempo estimado em 19 meses. Com a entrada da Denodo na arquitetura do projeto e revendo a arquitetura de dados, o tempo caiu para nove meses.

“Nosso trabalho é como descobrir, com os clientes, onde está o valor dos dados”, explicou.

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Marcelo Gimenes Vieira

Editor do IT Forum. Jornalista com 12 anos de experiência nos setores de TI, telecomunicações e saúde, sempre com um viés de negócios e inovação.

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