Conheça as principais tendências tecnológicas para 2016

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10:53 am - 07 de outubro de 2015
As tendências tecnológicas estratégicas são definidas pelo Gartner como aquelas que possuem um impacto significativo para a empresa – ou seja, fatores que englobam um grande potencial para disrupção dos negócios, usuários ou para a TI; a necessidade de um grande investimento, ou o risco pela adoção tardia. Essas tecnologias também impactam os planejamentos de longo prazo das empresas, programas ou iniciativas. 
 
De acordo com o vice-presidente e Gartner Fellow, David Cearley, essas 10 principais tendências irão moldar as oportunidades de negócios digitais até 2020. Ainda de acordo com o executivo, as três primeiras tendências englobam a fusão dos mundos virtual e real, bem como surgimento da rede digital. “Enquanto as organizações focam nos negócios digitais atualmente, os negócios dos algoritmos estão despontando. Algoritmos – relacionamentos e interconexões – definem o futuro dos negócios”, afirma o especialista.  
 
Cearley explica que nos negócios de algoritmos, muito acontece nos bastidores onde não há intervenção humana direta. “Isso é possível por meio das máquinas inteligentes, as quais são endereçadas nas três tendências seguintes”, diz. Já as últimas tendências da lista englobam a realidade na TI, e as arquiteturas e plataformas necessárias para suportar os negócios digital e de algoritmo. 
 
1. A rede de dispositivos: o termo se refere à expansão de endpoints usados por pessoas para acessar aplicações e informação ou para interagir com outas pessoas, comunidades sociais, governos e negócios. Essa rede inclui dispositivos móveis, wearables, dispositivos eletrônicos de consumo e para residências, dispositivos automotivos e de meio-ambiente – como sensores na internet das coisas (IoT). “No mundo pós-mobile, o foco muda para o usuário móvel que é cercado por uma malha de dispositivos que vão bem além dos dispositivos móveis tradicionais”, afirma Cearley. A previsão é que, com o aumento das conexões e a evolução dessa malha, a interação entre dispositivos também aumente. 
 
2. Ambiente de experiência do usuário: a rede de dispositivos cria uma base para um ambiente de experiência do usuário contínuo. Ecossistemas imersivos que entregam realidade aumentada apresentam um grande potencial, mas eles são apenas um dos lados da experiência. O ambiente de UX tem por definição a possibilidade de dar continuidade entre os dispositivos, tempo e espaço, apresentando uma fluidez única, em que o mundo real e virtual se misturam. Embora o desenvolvimento de apps permaneça uma tendência estratégica para empresas, é preciso pensar na interação entre os diferentes dispositivos. 
 
3. Materiais de impressão 3D: o avanço na impressão 3D permitiu a utilização de diferentes materiais, como ligas de níquel, fibra de carbono, vidro, tinta condutora, eletrônicos, produtos farmacêuticos e materiais biológicos. Essas inovações estão impulsionando a demanda do usuário e a expansão de setores da indústria, incluindo aeroespacial, médico, automotivo, de energia e militar. A crescente gama de materiais de impressão 3D irá conduzir uma taxa de crescimento anual composta de 64,1% nas vendas de impressoras 3D para empresas até 2019.  
 
4. Informação de tudo: a informação – seja ela produzida por meio de texto, áudio ou vídeo – sempre esteve disponível em toda parte, mas muitas vezes de forma isolada, incompleta, indisponível ou ininteligível. Avanços nas ferramentas semânticas, tais como bancos de dados gráficos, bem como outras técnicas de análise de classificação de dados e outras técnicas para análise de informações irão organizar esse fluxo. 
 
5. Machine learning avançado: as redes neurais profundas (DNNS) irão para além da computação clássica e gestão da informação e criarão sistemas que poderão aprender de forma autônoma e perceber o mundo por conta própria.  
 
6. Agentes e coisas autônomos: machine learning abre portas para um mundo de máquinas inteligentes. Google Now, Siri e Cortana estão ganhando inteligência e são os precursores dos assistentes virtuais que serão criados para aprender por si mesmos e que se tornarão a única interface com que os usuários terão que interagir. 
 
7. Arquitetura de segurança adaptativa: com a complexidade do mundo digital e o surgimento da economia algorítmica, os riscos de segurança para empresas também aumentam consideravelmente. As regras do manual de boas práticas são insuficientes, especialmente porque as organizações estão cada vez mais explorando os benefícios da nuvem e APIs abertas para clientes e parceiros para integrar seus sistemas. Os líderes da TI devem focar em detectar e responder ameaças, além das medidas de proteção. Aplicação de auto-proteção, bem como analytics para comportamento de usuários e entidades, irão ajudar a cumprir a arquitetura de segurança adaptativa. 
 
8. Arquitetura de sistema avançada: sistemas construídos em GPUs e FPGAs funcionarão como cérebros humanos, adequados para aplicar a aprendizagem profunda e outros algoritmos de correspondência que máquinas inteligentes usam. A arquitetura baseada em FPGA permitirá maior distribuição de algoritmos em formatos menores, com consideravelmente menos energia, permitindo assim que as capacidades avançadas de machine learning se espalhem por todos os endpoints da internet das coisas, tais como casas, carros, relógios de pulso e até mesmo seres humanos. 
 
9. Arquitetura de serviço e redes de aplicações: possibilitada por serviços de aplicativos definidos por software, essa nova abordagem permite performance em escala web, flexibilidade e agilidade.  
 
10. Plataformas de internet das coisas: qualquer empresa que está abraçando a internet das coisas vai precisar desenvolver uma estratégia de plataforma IoT.

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