Cala a boca Galvão! Até os gringos cairam nesta!
Você já deve ter ouvido falar nestes últimos dias do movimento ?Cala boca Galvão!?. Se você não entendia o que era comunicação viral, este é um exemplo prático.Antes do Twitter, alguns movimentos tipo ?Odeio Empresa X? aconteceram com a criação de sites. Mas o Twitter trouxe uma agilidade incomparável.Bem, o ?Cala boca Galvão!? começou de uma brincadeira (ou incômodo) de tele-espectadores da Rede Globo que se incomodam com os (infinitos) comentários do jornalista Galvão Bueno nas transmissões de futebol, corrida de fórmula um, basquete, vôlei ou qualquer atividade que pareça esporte e que evidentemente o jornalista é um especialista. A brincadeira brasileira foi crescendo, e conforme o Jornal Estado de São Paulo, quando o americano Lucas Shanks, redator na agencia de publicidade J. Walter Thompson resolveu perguntar a dois colegas de empresa brasileiros o que significava a frase, recebeu a resposta de que Galvão era um pássaro que estava em extinção no Brasil (suas penas eram usadas nos desfiles de carnaval) e que a expressão cale a boca, significava salve no sentido de tirar do perigo estas aves. Alguém já tinha posto um vídeo no You Tube com essa explicação e aí o espírito de salvar a natureza se espalhou. Ainda tinha o fato de que cada ?Twittada? fazia com que a Galvão Fundation recebesse dez centavos de dólar.Quero chamar a atenção que depois de alguns anos de Internet, pessoas ainda caem nas brincadeiras de que: acessem esse site ou repassem essa mensagem que certa quantia vai ser dada para uma organização que salva crianças, animais e outros seres indefesos. Não questionam nem como esse dinheiro ?aparece? do nada.Pessoas continuam repassando mensagens sem saber o que elas dizem. Não procuram nem conferir a informação dos amigos com uma tradução do Google. Se o Shanks tivesse usado o Google iria ter como resposta: ?Shut up Galvão?.Freqüentemente recebo mensagens de correio eletrônico de amigos (profissionais de TI, curso superior, com pós graduação, com posições políticas definidas) que repassam mensagens que visivelmente são falsas. Antigamente eu chamava atenção deles, mas cansei. Precisamos ser mais criteriosos. Precisamos ser rigorosos com as informações que repassamos, sejam na nossa vida pessoal como na nossa vida profissional. Também precisamos lembrar isso para os nossos filhos.Mas, se alguém quiser iniciar um movimento ?Políticos: parem de roubar!? seria uma boa! Inclusive com apoio dos gringos, mas com a tradução verdadeira! O problema é que os políticos iam fazer de conta que não é com eles. Paciência! Mas de pouquinho em pouquinho a gente consegue. Ficha limpa neles!Edison Fontes, CISM, CISA Consultor, Professor e Autor de Livros de Segurança da Informação.Núcleo Consultoria. Participa ABSEG, ISACA e InfoSecCouncil.[email protected]?Cala a boca Galvão é a versão brasileira do remédio homeopático Silentium Galvanus?, Paulo Coelho, também fazendo brincadeira com a frase original.