A diferença entre trabalhar muito e trabalhar bem

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9:51 am - 14 de agosto de 2013

Um dos projetos de consultoria que desenvolvo com maior frequência é o ?planejamento de uma nova arquitetura de sistemas?: a partir do entendimento da estratégia do negócio, e de uma revisão ou diagnóstico de processos e sistemas existentes, projeta-se um novo ambiente de aplicativos que permitirão à empre- sa executar com maior eficácia os seus planos e tornar as atividades que sustentam o negócio mais produtivas (com menores custos).

Quando os acionistas e executivos do cliente pedem-me para resumir a essência da diferença entre a velha e a nova arquitetura, em geral, eu ex- plico que, na situação anterior, a empresa trabalha- va ?sob reação?, enquanto na nova, a ideia é atuar ?sob planejamento?.

No primeiro caso, o negócio costuma privilegiar a intuição de poucos, mudanças de planos ocorrem com frequência (por falta de um planejamento mais adequado), as pessoas entendem que erros, atrasos e surpresas é parte da ?dinâmica? do mercado, e alguns até se orgulham de serem chamados para ?apagar incêndios?, como se isso confirmasse sua capacidade e dedicação. Nessa situação, também é comum identificar que as diversas áreas da empresa não trabalham de forma integrada e costumam gas- tar todo o tempo tentando ?limpar? as suas próprias pendências, às vezes deixando claro que ?fizemos a nossa parte?, mas ?os outros não cumpriram a sua?, e o negócio, então, deixou a desejar em termos de desempenho.

Esse cenário ? mais comum do que seria desejável ? reflete a constante pressão sob a qual a maior parte das atividades empresariais se desenvolve. E explica muitos dos problemas enfrentados pelas empresas: perda de talentos e de clientes, negociações mal feitas, custos em ascensão, multiplicação de planilhas que tomam o lugar dos sistemas e até executivos que só se preocupam com o curto prazo.

Trabalhar bem significa investir tempo em plane- jamento em análises dos dados, em pesquisas, em conhecer os participantes da cadeia de valor do seu negócio, em entender como o mercado está evoluindo e, também, em acompanhar os resultados à medida que eles ocorrem, compará-los com o planejamento, corrigir rumos quando necessário e de forma pre- ventiva e automatizar ao máximo as tarefas. ?Des- departamentalizar? a companhia através de aplica- tivos que integrem pessoas e unifiquem a geração dos dados. Usar as reuniões para discutir soluções propostas, não para tentar interpretar os números e defender a sua agenda pessoal.

Um dos papéis da TI é suprir ferramentas que tornarão factível esse cenário de melhores práticas, e garantir que a arquitetura de sistemas do negócio evolua de modo a suportar as mudanças estratégicas e táticas necessárias, e também aumentar a eficiência dos processos, para que a empresa continue competitiva em seus mercados de atuação.

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