Raspberry Pi e Arduino acendendo LEDs

O projeto traz ao usuário a experiência com efeitos interativos com Leds RBG, que podem assumir milhares de cores diferentes

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4:14 pm - 08 de maio de 2019

Recentemente, fui contatado por uma empresa que organiza eventos em diversos shoppings centers de todo Brasil, pelo qual, são ao todo cerca de 35 unidades em sua lista. O problema que tinham, não era simples, foram quase um mês trabalhando nesse projeto com ‘leds’, inclusive realizando modificações e acompanhando sua montagem em shopping fora de meu Estado.

Trabalhamos de dia, projetando e de madrugada (único horário permitido pelos shoppings), aberto para a devida manutenção.

Imagine o meu fuso horário! Senti-me como se estivesse do outro lado do mundo, ou no Pólo Norte, onde o dia ou a noite se confundem!

Pois bem! Mas, o que isso tem de importante para estar em nossa coluna?

Cada dia mais vemos os minicomputadores e microcontroladores presentes em comércios, e não há melhor lugar que um shopping para encontrá-los.

Desenvolver dispositivos interativos, painéis, terminais de consulta, ou até exposições, com diversões interativas, são missões para ‘makers’, já que não existem profissionais específicos para essas finalidades.

O projeto que ajudei a desenvolver traz ao usuário a experiencia com efeitos interativos com ‘leds RBG’, que podem assumir milhares de cores diferentes. Organizamos em um totem um painel ‘screen touth’, ou seja, uma tela de toque, onde o usuário pode escolher entre diversos efeitos psicodélicos, e posicionar-se a frente para sua selfie!

O brinquedo tem 18m de comprimento por três metros de altura e 12 arcos com leds: um monstro, o maior que já trabalhei até o momento.

Por traz desta brincadeira um Raspberry Pi 3b, controla os efeitos, exibindo na ‘screen touth’, a interface, onde o usuário faz sua escolha entre diversos efeitos. Em seguida, envia para o arduino o sinal PWM para controlar as fitas Leds endereçáveis!

Tudo aparentemente simples ao se descrever, mas muito complexo ao executar! Tivemos grandes desafios de engenharia para equalizar todos esses parâmetros e ainda estamos providenciando alguns ajustes!

Vamos falar um pouco destas fitas Led endereçáveis que, diferente das vendidas em qualquer loja de iluminação ou materiais de construção, as fitas endereçáveis, tem um controlador interno em seus leds, o WS2812, que recebe um pulso de um dispositivo externo, computador ou controlador e, executa a função de acender na cor, brilho e tons escolhidos, podendo com ele acender qualquer Led da fita independente! Assim, conseguimos efeitos muito legais e até impressionantes.

Recentemente no evento Arduino Day São Paulo, levei uma lâmpada Tubular T8, modificada com essa tecnologia, para demostrar o ‘arduino’ controlando-a, e muitos acharam que era um sabre de luz do filme Star Wars! Se fizer uma busca rápida na Web, encontrará diversas criações com essas fitas led.

Uma bastante legal que um colega criou foi uma mesa de madeira bruta, com um veio no meio, onde foi introduzida uma destas fitas e depois preenchido com resina transparente. Esse invento, vi recentemente ser utilizado na série Star Trek Discovery, da Netflix, na atual temporada.  Onde o capitão Christopher Pike, conversa com sua equipe sobre Spock e o Anjo de Luz, ao redor de uma mesa igual a essa! Será que copiaram a ideia de nosso amigo?

Não importa, o movimento ‘maker’ é de domínio público. Essa é a ideia: experimentos, códigos e dispositivos abertos! Xôo, filosofia Microsoft, Aplle!

Assim, podemos aproveitar muitos destes protótipos em automação, feitos, vitrines, exposições. Isso beneficia as empresas na criação e barateamento de suas novas tecnologias.

Lembrando que, protótipos são como “crianças pequenas”, dão trabalho para “aprender” como funcionar direito. Precisam de ajustes, são produzidos em apenas uma ou, poucas unidades. Para serem produzidos em larga escala precisam ser melhor desenvolvidos.

Digo isso pois já vi muito empresário decepcionado, achando que poderia produzir o projeto sem maiores ajustes. O que importa é que se gasta pouco para se desenvolver um MVP, caso ele seja interessante, pode-se investir mais para o produto final!

Então fiquem à vontade para ter ideias, os ‘makers’ podem executá-las!

 

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