O papel da inteligência artificial na transformação digital

Entre as muitas ferramentas que podem ser utilizadas para a digitalização, IA tem se destacado

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9:41 pm - 30 de novembro de 2021
arquiteturas cognitivas

Tomar a decisão de adotar novos e modernos processos nas companhias não é uma tarefa fácil. Antes de bater o martelo e trazer a digitalização para dentro das empresas, os líderes e gestores ponderam bastante e analisam se os riscos desse processo falhar, seja por ser mal aplicado ou porque a instituição não estava pronta ou não precisava dele, compensam todo o trabalho de colocar aquilo em prática.

Porém, o que temos percebido é que, na maioria dos casos, as tentativas valem a pena. Além de tornar os sistemas mais atualizados e potentes, beneficiando as equipes e contribuindo para que sejam mais ágeis em suas tarefas e projetos, também resultam na entrega de resultados cada vez melhores e mais assertivos para os clientes.

Mas, o que exatamente faz a transformação digital ser tão efetiva? Não existe um único aspecto que a faz ser eficiente, pois o que temos é a combinação de diversos conceitos, metodologias e tecnologias que, quando bem aplicadas, resultam em intensas evoluções para os negócios. Entre as muitas ferramentas que podem ser utilizadas para realizar a digitalização, destacam-se a ERPs, Big Data, IOT, Cloud Computing, e, por fim, a inteligência artificial. E é nela que vamos nos aprofundar.

Ainda que todas sejam importantes para o funcionamento dos processos, a IA tem se destacado nos últimos tempos. De acordo com levantamento da IDC, consultoria especializada em inteligência de mercado, a tecnologia deve terminar o ano gerando aproximadamente US$ 464 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões na conversão atual) para o Brasil.

Uma das principais aplicações da inteligência artificial é na otimização dos atendimentos automatizados e assistentes virtuais, tão importantes para empresas de todos os segmentos, ainda mais nesse mundo pós-pandêmico que modificou as necessidades do público e redesenhou a forma como consomem. Além disso, a ferramenta é demasiadamente utilizada para analisar negócios, produtos e ofertas, apoiando principalmente as estratégias de go-to-market e CX, o que envolve melhorar os sistemas de segurança e privacidade, auxiliar na gestão de dados e diminuir custos a médio e longo prazo.

Outros dados da pesquisa realizada pela IDC mostram que ¼ das instituições já contam atualmente com projetos baseados em IA ou machine learning, tanto em estágio de implementação quanto adaptação. E as expectativas para os próximos anos são de que o uso da ferramenta será ainda mais forte, principalmente por conta da chegada do 5G ao país.

Mas, mesmo com todos esses números mostrando o potencial transformador dessa tecnologia, ainda encontramos resistência por parte de algumas companhias que têm visões equivocadas da IA, tais como não acreditarem que a organização está pronta para adotá-la por não ter uma base de dados significativa e não confiarem que sua aplicação trará retornos.

O que podemos esperar para o futuro é que essas empresas que ainda não aderiram aos processos de TD e a inteligência artificial, ao observarem seus concorrentes evoluindo e conquistando cada vez mais mercados, abram seus olhos e percebam o enorme poder de transformação que podem trazer para os negócios e deem uma chance para essa que tem tudo para ser a ferramenta mais importante dos próximos tempos.

* Gustavo Caetano é CEO da Sambatech e Samba Digital

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