Inteligência Artificial: uma abordagem histórica

O termo Inteligência Artificial foi utilizado pela primeira vez em 1955, pelo também célebre cientista John McCarthy.

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6:37 pm - 14 de março de 2022
Robot hand finger, AI background technology graphics

Antes mesmo de o termo Inteligência Artificial ser utilizado pela primeira vez, o célebre cientista Alan Turing, conhecido como o pai da ciência da computação, já havia questionado se máquinas podiam pensar.

Em seu artigo “Máquinas de Computação e Inteligência”, publicado em 1950, Turing apresenta um teste em que um interrogador humano tentaria distinguir respostas provindas tanto de uma máquina, quanto de outro humano. Se o interrogador não fosse capaz de distinguir com segurança a máquina do humano, entende-se que a máquina passou no teste.

Já o termo Inteligência Artificial foi utilizado pela primeira vez em 1955, pelo também célebre cientista John McCarthy. Desde o seu surgimento, diversas definições do termo foram criadas por inúmeros cientistas. Entretanto, o aludido pioneiro trouxe, em seu artigo “O que é Inteligência Artificial?”, escrito em 2004, a seguinte definição:

“É a ciência e engenharia de fazer máquinas inteligentes, especialmente programas de computador inteligentes. Está relacionado à tarefa semelhante de usar computadores para entender a inteligência humana, mas a Inteligência Artificial não precisa se limitar a métodos biologicamente observáveis”.

Em 1965, o então presidente da Intel, Gordon Earle Moore, profetizou que a quantidade de transistores que poderiam ser colocados em uma mesma área dobraria a cada 18 meses. Desse modo, as chamadas máquinas de computação ficaram cada vez menores e mais poderosas, possibilitando que problemas complexos fossem abordados e resolvidos utilizando de seu poder computacional. Essa profecia passou a ser conhecida como a “Lei de Moore”.

De lá para cá, a tecnologia evoluiu drasticamente seguindo a mencionada profecia.  O surgimento da computação em nuvem, aliado à massiva geração de dados produzida nos últimos anos, vem possibilitando vasto leque de aplicações no campo da Inteligência Artificial. A interpretação e o reconhecimento de imagens, a interpretação de linguagem natural, o sistema de carros autônomos, a segurança de sistemas e a tomada de decisões são alguns poucos exemplos disso.

Há diversos benefícios quando se utiliza da Inteligência Artificial para resolução de desafios, especialmente no mundo corporativo. Por esse motivo, o desenvolvimento nessa área tem sido foco de empresas de todos os tamanhos, desde startups até as maiores empresas de tecnologia do mundo.

No mundo empresarial, a aplicação à tomada de decisões tem feito da Inteligência Artificial uma grande aliada na melhoria de resultados operacionais. Empresas de distintos setores, como varejo e indústria, por exemplo, podem se beneficiar de uma operação otimizada, tanto sob um olhar de não ruptura na cadeia de suprimentos como também no atendimento preciso da demanda de seus produtos.

A realidade adversa brasileira, por exemplo, com instabilidade econômica e dificuldade de crescimento, tem se beneficiado da aplicação da Inteligência Artificial. Isso porque ferramentas que aplicam a tecnologia proporcionam redução de custos; tomada de decisões mais precisas; e soluções de desafios estratégicos, táticos e operacionais de forma mais eficiente.

Um outro exemplo que traz a aplicação na tomada de decisão é se antecipar perante uma alteração de comportamento do mercado consumidor. Como uma fornecedora de bebidas poderia se preparar para atender a um mercado caso houvesse um aumento na previsão de temperatura média em determinada região em pleno verão? Respostas para questões como essa são o objetivo de ferramentas e aplicações da Inteligência Artificial. Se feitas de maneira adequada e com embasamento adequado, são aliadas indispensáveis para a prosperidade e crescimento do negócio.

Desse modo, atualmente no Brasil, algumas startups de Inteligência Artificial têm tido protagonismo e pioneirismo, fornecendo ao mercado soluções que possibilitam às empresas terem resultados certamente melhores e otimizados.

*Rafael Mendonça é CTO na 4intelligence, startup de soluções que apoiam a tomada de decisão por meio da análise de dados.

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