Guerra virtual civil? Ou militar? Ou é paranóia?

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9:51 am - 14 de agosto de 2013

Desde o ano passado existem ataques virtuais relacionados ao conflito entre Rússia e Geórgia. O US Cyber Consequences Unit, um instituto de pesquisas sem fins lucrativos relata que em agosto do ano passado a Geórgia recebeu um ataque virtual aparentemente de civis russos no mesmo momento em que operações militares russas tinham como destino a Geórgia. No início deste mês de agosto, quando se completa o primeiro ano do conflito entre Rússia e Geórgia, um blogueiro a favor da Geórgia recebeu ataques contra suas opiniões colocadas no Blogger, Facebook, LiveJournal e Twitter. Neste caso a mídia deu destaque ao blog do Twitter. De acordo com o Jornal a Folha de São Paulo, em julho passado durante uma audiência pública sobre terrorismo realizada pela Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados em Brasília, Raphael Mandarino Jr., diretor de Segurança da Informação do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência), falou sobre os ataques às redes do Governo. O caso ?mais sério? envolveu um servidor de computadores de um órgão público: ?Uma quadrilha do Leste Europeu entrou no servidor, trocou a senha e pediu um resgate de US$ 350 mil para devolver a senha? declarou Mandarino. Espionagem, sabotagem e ações similares sempre existiram entre os países desafetos e (acredito) até entre os amigos. Afinal ninguém sabe como serão as alianças no amanhã. O mundo virtual é apenas mais uma via de interação entre países. É mais uma fronteira. Consequentemente é necessário se proteger contra os outros. O próprio presidente Obama dos Estados Unidos criou um cargo no alto escalão do governo para tratar dessa questão. Porém existem situações delicadas, como: se um grupo civil de um país assumir um ataque ao ambiente virtual de uma companhia de outro país, o governo do país dessa companhia deve considerar um ataque entre países? Muita coisa ainda vai acontecer. Nessa mesma linha de raciocínio, pensemos nas organizações. Será que existem organizações concorrentes que agirão de maneira não correta e atacarão (através de laranjas virtuais) as outras organizações? A resposta para tudo isso é: devemos manter um processo constante de gestão de ameaças e dos riscos. Como não temos recursos para tudo precisamos priorizar. Mas, devemos lembrar que a prioridade definida é baseada em uma fotografia. Após um certo tempo precisamos tirar outra fotografia das ameaças e riscos que nos cercam e definir novas prioridades ou confirmas as prioridades já definidas. Não fique paranóico, porém, não deixe de agir profissionalmente para a sua organização e também para a sua vida! Edison Fontes, CISM, CISA.                                                                       Consultor, Professor e Autor de Livros de Segurança da Informação.             Núcleo Inteligência. Participa ABSEG, ISACA e InfoSecCouncil. [email protected] ?Acusar um homem de assassinato por aqui é como multar alguém por excesso de velocidade na Fórmula Indy?. Martin Sheen, Oficial americano no Vietnam no filme: Apocalipse (1979).

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