China, o país sem Google e Facebook! Dá para sobreviver assim?

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11:11 am - 19 de outubro de 2015
A China é um país fascinante. Isso é até chavão. Desde as maravilhas como a
Grande Muralha como a incrível população, são alguns destaques. Estive lá por 8
dias, duas semanas atrás e pude organizar meus pensamentos, do que já sabia e
das coisas novas (muitas) que aprendi. É o que quis contar por meio de texto e imagens. Aqui há muitas fotos que podem ser ampliadas ao clicar sobre elas se quiser ver mais detalhes.

Visão geral do país

Estive há mais de 5 anos em Taiwan, que para muitos é considerado China. Será? As
informações que vou passar neste texto são as minhas mais legítimas percepções
de quem esteve lá. Pode ser que haja alguma imprecisão, mas não estou
preocupado com isso. Se algo me pareceu de certa forma, é isso que vou relatar.
Quem puder fazer algum comentário aperfeiçoando minhas informações, ou mesmo
corrigindo, será muito bem-vindo!

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Localização da China na Ásia e
detalhes da China – Hong Kong e Shenzhen bem ao sul, Shanghai ao norte

Para chegar na China a viagem é muito longa. Fiz um voo 15 horas de São Paulo até
Doha no Catar (Emirados Árabes Unidos) e depois outro voo de 8 horas para Hong
Kong, meu destino inicial. Entre sair de casa e chegar ao hotel foram perto de
30 horas de viagem!

Hong Kong

Desembarquei em HongKong, uma das portas de entrada da China. Mas seria China mesmo?? Hong Kong
foi administrado pelos Ingleses entre 1841 e 1997. Passou a ser ium protetorado britânico, semelhante
como Macau foi também dos portugueses. A Guerra do Ópio no século XIX foi a
origem disso tudo e assim Hong Kong tornou-se parte do império britânico. Em
1997 ocorreu a cerimônia do “Handsover”, ou seja, a troca de mãos e pela última
vez foi hasteada a bandeira britânica. Já se vão 18 anos. Mas o que um
visitante como eu vê ainda é algo diferente.

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Hong Kong vista pelo outro lado do
braço de mar

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Vista de Hong Kong a partir de um
mirante de 550 metros em Victoria Peak
 

Nas ruas os carros andam no lado esquerdo (mão inglesa).
Hong Kong tem uma moeda própria, o tal dólar de Hong Kong. Por ser um porto
existe um desenvolvimento econômico impressionante, fluxo de mercadorias,
exportação, importação, etc. Há maior liberdade política, similar à da era
inglesa. Por exemplo, não há restrições no uso de Internet, tudo é liberado e
pode ser usado (no resto da China não é bem assim). O comércio é intenso e
frenético, incrível de se ver. A próxima foto mostra uma rua de comércio em
Hong Kong em um domingo, mais de 22:30, cheia de pessoas e a despeito do dia e
da hora, em pleno funcionamento. De forma geral o comércio é assim intenso nas
grandes cidades do país.
    
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Hong Kong – comércio local domingo
22:40!!
 
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De forma similar o comércio em
Shanghai é igualmente intenso!


Algo muito curioso me aconteceu comigo em um destes centros
comerciais. Foi engraçada uma negociação e tanto que fiz e contei no texto  “MicroSD 64 GB Sandisk, um negócio da China… que não foi!”. Vale a leitura.

Falando em negociação e comércio, como é o dinheiro na China? Sua moeda é chamada de Yuan, cuja abreviação é CHY. Enquanto estive lá um dólar comprava 6.3 yuans e um real comprava 1.25 yuans. Com a desvalorização recente e continuada do real frente ao dólar essa proporção está se alterando. Os preços dos bens e mercadorias estavam em setembro de 2015 relativamente parecidos com os valores do Brasil. Se o nosso bom e velho real recuperar parte de seu poder de compra, posso dizer que os preços chineses serão bem interessantes.

Entrando na China “China” – Shenzhen

E o mais interessante é que para sair de Hong Kong e entrar em Shenzhen, a
província e cidade mais próxima, aliás cidade muito desenvolvida (conhecida
como o Vale do Silício Chinês), é necessário fazer uma muito rigorosa
imigração, fiscalização, carros revistados, bagagens revistadas (por
amostragem). Meu grupo foi pego neste pente fino e demoramos um tempão para
entrar em Shenzhen.
      

É como se fossem dois países diferentes!! Na verdade hoje
são duas províncias distintas de um mesmo país. Citei que anos atrás visitei a
ilha de Taiwan e a impressão é bem semelhante, mas com uma diferença muito
importante. Taiwan (ou Formosa como também é conhecida no Brasil) tem status de
país independente, mas o governo da China considera Taiwan quase como se fora
um “filho rebelde”, aquele que sai de casa e o pai fica à distância olhando
seus passos. Para a China um dia Taiwan será novamente incorporado ao grande
país continental, mas para Taiwan sua independência será mantida a todo custo. Algo
para se observar e acompanhar.  Situação
parecida também acontece entre a China e o Tibet.

Ao entrar em Shenzhen vindo de Hong Kong a primeira grande diferença é que os
carros andam do lado direito da rua (como no Brasil, EUA, etc.). Além disso
enquanto em Hong Kong havia várias placas em inglês e com caracteres
ocidentais, na “China Shenzhen” as placas estão quase que na sua totalidade
escritas em ideogramas, ou seja, tornei-me instantaneamente em um analfabeto
completo e absoluto.

Ainda vale destacar, muitos carros que trafegam habitualmente entre as duas
províncias têm duas placas, uma de Hong Kong e outra da “China”. E para meu
total espanto, passar da província de Shenzhen para Hong Kong pode ser feito
apenas nos pontos de controle e “imigração” como contei.

E PASMEM, existe um MURO, análogo ao extinto Muro de Berlim cercando toda a longa
fronteira. Se não acredita, veja a foto abaixo.
   

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Visto por Shenzhen o rio e o muro que
separam Hong Kong

No próprio Google Maps o tal muro pode ser visto. Observe na
próxima imagem, ao sul de Shenzhen, em toda a fronteira com Hong Kong. Está lá
uma linha preta marcando o muro:

China007
Detalhe de Hong Kong no Google Maps
que mostra em uma linha o muro que o divide do resto da China

Usando a Internet – limitações e como lidar com isso

Falando em Google, meu grupo recebeu um chip de celular Chinês quando chegamos na
cidade para podermos nos comunicar. SIM Whatsapp funciona maravilhosamente bem
por lá. Mas a população local prefere o programa WECHAT.

Logo de cara percebi que nem todos os sites abriam. Por exemplo:

  • Tudo do Google!!!! 
  • Buscador 
  • Maps
  • Drive
  • Docs
  • Waze (Ai meu Deus!!!!!)
  • Google Play (aplicativos do Android)
  • Facebook
  • Instagram

A justificativa “oficiosa” para isso é a seguinte. A China é um país que
experimentou nos últimos anos um incrível crescimento econômico e por
decorrência uma abertura econômica muito grande. Mas isso não acontece no plano
político. Ainda existe um único partido na China, o partido comunista e as
comunicações são censuradas. O governo Chinês teria solicitado ao Google que
implementasse uma série de filtros em seus sistemas e em suas buscas. Mas como
o Google se recusou, a reação foi simples. TUDO do Google foi cortado. Não
funciona.  Já se imaginaram sem estes
recursos!??

Sistemas de e-mail como HOTMAIL, YAHOO e outros webmails funcionam, bem como o
buscador BING ou o local BAIDU que é o “Google local”. Mas esqueça GMAIL e
sistemas baseados no GMAIL como GLOBO.COM e de outras empresas que usam
tecnologia do Google.

Inclusive alguns sites de comércio eletrônico brasileiros
como AMERICANAS e SUBMARINO são bloqueados. Eu quis pesquisar o preço de um
cartão de memória (que acabei comprando na China e cito a história no final do
texto). Mas porque justo estes? Será que é porque AMERICANAS remete à ideia dos
EUA e SUBMARINO um artefato bélico?? Não vou entender nunca!
     
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Tela de bloqueio do site SUBMARINO

Quanto ao Facebook e Instagram a explicação oficiosa é que são proibidos porque
se tratam de redes sociais com grande potencial de mobilização popular e o
governo não quer que mais de um bilhão de chineses se organizem, façam
manifestações, passeatas, etc. Repito, esta explicação é oficiosa. Mas alguns
amigos próximos perceberam que eu publiquei algumas coisas em meu Facebook
enquanto estava lá. Como fiz isso??? Usando VPN!!

É o antídoto para este veneno da censura. Mas nem todos têm uma conexão VPN
para usar. Eu tenho. Meu servidor permite que uma conexão remota seja feita e
todo o tráfego de Internet passa a fluir por dentro de um “túnel”, de forma
codificada (criptografada) e assim o governo chinês não consegue filtrar estes
sites. Tudo se passava como se eu estivesse em São Paulo (local físico de meu
servidor).

Isso é bastante simples de ser configurado no Windows, mas também descobri ser
tão ou mais simples em um smartphone Android.  Assim para a ira dos meus colegas de viagem,
eu tinha todos os sites funcionando no smartphone e eles estavam bloqueados. Fica
a dica, antes de sair para China, procure descobrir se tem como usar uma VPN
aqui no Brasil para não ser bloqueado. Alguns hotéis fornecem de forma discreta
um VPN própria e, portanto, navegação sem bloqueios. Mas isso é pouco comum.
    

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Configuração de VPN em um celular
Android para superar os bloqueios da China

Entrar em redes WiFi era às vezes fácil. Havia redes gratuitas em alguns locais
da cidade. Uma delas havia um vídeo de propaganda de 5 minutos que se não fosse
visto completamente não liberava o acesso. E não adiantava correr rápido o
vídeo. Mas às vezes era bem difícil, ou impossível, como mostra a imagem
abaixo. Com fazer login nessa rede?? Que informações eles estão pedindo!!!???
    
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Difícil login em rede WiFi – sem
entender nada.


Dificuldade com o idioma na hora de correr pelas ruas das cidades

O idioma foi para mim difícil. Embora no âmbito profissional o inglês seja bem
falado (no meio que eu estava – com executivos da Huawei). Dizem que a língua
chinesa não é difícil, que tem uma gramática simples. Mas não cheguei nem perto
de perceber isso. Quem sabe se eu precisar me dedicar e estudar possa me
desenvolver e experimentar essa “facilidade”. Fora isso, como falei, senti-me
um analfabeto, não apenas pela fala, mas pelas frases escritas, totalmente
ininteligíveis para mim.

Esse analfabetismo funcional chegou ao ápice quando fui correr pelas ruas da
cidade, meu adorado exercício. Usando VPN e Google Maps planejei no hotel o
percurso e por precaução tomei nota em um pedaço de papel os nomes das ruas
pelas quais iria passar. Qual não foi minha surpresa que ao correr pelas ruas,
todas elas somente tinham seus nomes em caracteres Chineses!! Meu papel, meu
percurso previamente planejado não serviu para nada!! Tive que correr apenas
nas avenidas bem próximas do hotel e de fácil retorno.

Isso se resolveu depois que baixei o mapa da China no meu celular, um
aplicativo chamado OSMAND, e assim pude na corrida seguinte levar meu
smartphone, saber onde estava e como retornar para o hotel!
   

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Correndo pelas ruas da China, sem GPS e
com o GPS no smartphone

A população e a cultura

A população da China hoje em dia é de 1.37 bilhão de pessoas. É de longe o país
mais populoso do mundo. Mas este número já foi relativamente maior. No final
dos anos 70, quando o Brasil tinha 100 milhões de habitantes a China já tinha
mais de 970 milhões. Nestes mais de 35 anos o Brasil cresceu 107% (de 100 para
207 milhões) enquanto a China cresceu menos de 42% (de 970 para 1375 milhões).
Isso é reflexo das políticas de contenção populacional do país, que já foram
mais rigorosas, mas ainda se refletem nos dias de hoje. No começo dos anos 80
havia quase 24% de chineses no mundo. Hoje em dia eles são perto de 19%, um
número ainda bem expressivo.

A cultura chinesa é riquíssima! Nós aqui no Brasil nos achamos grande coisa
porque a nossa cultura tem pouco mais de 500 anos. É o que se fala desprezando
injustamente os indígenas que por aqui já estavam, enquanto a China é um pais
com mais de 5000 anos de história!!! Não bastasse isso a extensão territorial
do país justifica a existência de um sem número de manifestações culturais,
artísticas, culinárias, etc.

Apreciei lá uma arte sensacional! Se existe em outros lugares do mundo eu não
sei, mas foi em Shenzhen que conheci o “escultor de silhuetas”. Com um pedaço
de papel e uma tesoura, você fica de perfil e em APENAS 10 SEGUNDOS ele recorta
aquele papel e faz o seu perfil! IMPRESSIONANTE , repito, 10 segundos!! Veja
foto abaixo, mostra isso tudo!
  

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O fantástico artista das silhuetas –
10 segundos!
 
Outra manifestação cultural importantíssima é o culto ao
chá! É possível tomar café na China, mas é o chá a bebida nacional. Chá de todo
jeito, inúmeros sabores e aromas. Chás que conhecemos e que não conhecemos.
Tive a oportunidade de participar do “Ritual do Chá” no qual diversos tipos são
preparados e degustados. A gentil moça que nos guiou por esta incrível jornada
era calma e transmitia uma paz impressionante. Tomar o chá consiste de todo o
ritual de fazê-lo, apresentá-lo, usar os instrumentos corretos e como montar e
apresentar bules e xícaras. É mais uma dica que dou, se for à China tem que
participar de um ritual do chá.
   
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Ritual do chá – inúmeros aromas,
sabores e formas de preparo

 
       
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Ritual do chá – inúmeros aromas, sabores e formas de preparo

A culinária chinesa

Tive a oportunidade de provar da culinária em 3 locais da China. Hong Kong,
Shenzhen e Shanghai. Claro que existem elementos comuns, mas as diferenças
entre cada uma dessas regiões é bastante grande! Pratos típicos, forma de
preparo, tempero, etc. são bem diferentes. O que dizer então se eu tivesse visitado
vários outros pontos do país!

Inicialmente remova de sua cabeça aquele estereótipo que nós brasileiros temos
de “comida chinesa”, aquela presente nos restaurantes daqui. O que se serve
como comida chinesa do Brasil é um ínfimo subconjunto da vastíssima culinária
do país. Também tire de sua cabeça que a comida é totalmente estranha e exótica
como carne de cachorro, escorpião, besouros e outros insetos rastejantes
preparados empanados ou fritos. Isso até existe em alguns rincões do país, mas
é menos comum, como é comer um prato de “Içá” (formiga) no Brasil. É exceção e
não regra. E até onde eu sei, não comi nada disso, que eu saiba, e se comi
gostei!
       

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Um porco preparado de uma forma
diferente e bem saborosa
 
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Um tipo de lagostim preparado à moda
de Hong Kong
     
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Mix de cogumelos variados com vegetais
 
Por fim quero mostrar abaixo uma sobremesa completamente
surpreendente, presente na foto abaixo. Trata-se de um tipo de pão levemente
adocicado com um recheio que identifiquei com sabor de creme de nozes. Mas
podia ser outra coisa totalmente diferente. Chamou a atenção também a cor, o
formato e para mim, o sabor que me agradou muito.
        
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A sobremesa que me surpreendeu
 
Estas fotos, estes pratos são apenas um diminuto exemplo do
que desfrutei.

 A religião, a arte e a seda


Religiosidade no país é bem diversa. Quase um terço do país
tem posicionamento agnóstico, há os Universalistas Chineses, os Budistas,
Cristãos em pequena proporção (cerca de 8%), ateus, etc. Visitei um templo
budista e pude ver que como em tantas outras partes do mundo a arte e a
religiosidade estão intimamente ligadas.

Neste templo cujas fotos estão reproduzidas abaixo há diversos ambientes,
jardins, esculturas, pontes… Uma das pontes é conhecida como a Ponte da
Longevidade e Prosperidade que segundo as crenças, cada vez que se passa nela a
pessoa tem sua vida aumentada em 3 dias. Claro que nas minhas visitas a este
templo, eu privilegiei entre os caminhos passar nesta ponte e devo ter ganho
uns 300 dias de vida!! Este templo em particular, a beira mar, ao lado de uma
linda praia (que não fica nada atrás de nossas bonitas praias do Brasil), torna
a experiência de estar lá única e encantadora.

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A Ponte da Longevidade e Prosperidade
 
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Visão do templo Budista
        

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Visão do templo Budista
      

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Visão do templo Budista
 
Outra manifestação cultural da China que é também produto de
sua forte economia é a produção da seda, tecido finíssimo, delicado, toque
muito macio e bastante apreciado no mundo todo. Desenvolvida há milênios e
começou sendo usada como adorno em cerimônias religiosas na forma de ricos
mantos e capas.

Pude ver como é extraído o fio de um casulo, que por si só rende mais de 300
metros de fio. Depois de cruzados os fios eles podem ser acumulados em camadas
criando tipos de acolchoados e se esticados a seda fina que conhecemos. É fruto
da experiência milenar arraigada na cultura local. Muito bonito, interessante e
rentável, pois a seda é um dos grandes produtos de exportação do país. Acabei
por me presentear com duas gravatas de seda, que reservarei para as raras
ocasiões formais que participo, agora com elegância chinesa!
     

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Lindos tecidos de seda chinesa
 

O país como potência
econômica e modernidade

À parte de toda essa incrível cultura e expressões artísticas a China como vem promovendo
abertura econômica. Não é novidade alguma que o país está entre as 2 maiores
economias do mundo com previsão de se tornar a maior economia até 2020 a se
repetirem as altas taxas de crescimento do país (a despeito de alguma
desaceleração experimentada nos meses recentes).

Isso faz com que as grandes metrópoles da China sejam incrivelmente
exuberantes. Misturam-se a história milenar com centros de negócios e
financeiros na paisagem da cidade. Em Shanghai, por exemplo, existem diversos
arranha-céus que estão entre os 5 mais altos do mundo e está por ser concluída
a construção do prédio que será o segundo mais alto do mundo, o Shanghai Tower,
visível na foto abaixo contrastando com um centro histórico.
  

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Shanghai histórico e o segundo maior
arranha-céus do mundo cuja obra está sendo concluída 

Este prédio é impressionante. Além de ter mais de 650 metros
de altura, ele foi construído parecendo “torto” como pode ser visto na foto
acima. Ele tem uma estrutura interna reta e uma “casca externa” que dá essa
impressão, opção estética de seu arquiteto. Muito interessante. Este mesmo
prédio pode ser visto nas duas fotos abaixo, tomadas a partir de outro local da
cidade onde se vê o centro econômico e financeiro, os prédios grandes e modernos.
Nas fotos abaixo também se vê um arranha-céus com um “buraco” na parte superior.
É o Shanghai World Financial Center com 492 metros de altura (veja como o novo
é mais alto que ele!!!)

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Vista da parte nova e centro
financeiro em Shanghai
 
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Linda vista noturna da parte nova e centro financeiro em Shanghai iluminada
 
Apesar de ter conseguido ver tantas coisas na China, estive
lá a trabalho. Participei de um congresso sobre computação em nuvem a convite
da empresa Huawei que foi uma grata surpresa pela amplitude e integração de sua
área de atuação. Contei sobre o congresso em outro texto “Huawei
Cloud Congress 2015 – o presente e o futuro da Nuvem!”
. O congresso foi
realizado no Shanghai Expo Centre que mostro brevemente na foto abaixo.

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Shanghai Expo Center – local do congresso que participei – Huawei Cloud
Congress 2015

Despedindo-me da China

Ainda haveria muito para falar deste fascinante lugar. Não visitei Pequim, a
capital, de onde também pode-se começar uma visita à incrível Muralha da China.
Não visitei o interior, as pequenas cidades. Tudo isso fica para uma eventual
próxima vez que espero seja breve. Gostei muito!! Espero ter conseguido passar
para os leitores minhas percepções, opiniões e o meu encantamento.

Quem vai visitar a China não deve esperar estar visitando, por exemplo, Europa
ou Estados Unidos. As coisas são diferentes, as pessoas são diferentes. Aquele
comportamento polido e politicamente correto do europeu, tão admirado, manifesta-se
de forma diferente na China, nem melhor, nem pior. É diferente. Essa viagem
também abriu minha cabeça para a real existência de um outro imenso pedaço de
nosso planeta que confesso até então meio que negligenciara. Nosso mundo
tornou-se maior para mim!

Fica como imagens finais deste texto a foto de minha chegada a Shenzhen, linda ao
pôr do sol e  minha visão de despedida da
China. É a vista noturna que se tem do mirante do Shanghai World Financial
Center (aquele prédio com o buraco no topo – cuja parte inferior contém o
mirante). É uma vista linda de parte da cidade iluminada com o rio passando
atrás, barcos iluminados, a torre de TV… Depois disso tomamos o caminho do
aeroporto e após 2 voos e perto de 30 cheguei ao Brasil e tive a ideia de
contar esta história neste texto.

China027
Não dá para esquecer este pôr do sol
chegando em Shenzhen
 

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Minha última vista da China – Shanghai
vista de cima do World Financial Center – que despedida!!

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