72% dos funcionários esperam ‘coerência’ entre trabalho remoto e presencial
Segundo estudo da Poly, somente 36% dos empregadores afirmam que suas empresas forneceram tecnologia adequada para colaboradores
A maioria dos funcionários têm resistido retornar aos escritórios nos Estados Unidos, apontou pesquisa da Poly feita com 5 mil empregados e empregadores no país. Segundo o levantamento, enquanto 63% afirmam resistir à volta do presencial, a maioria (72%) concorda que seus empregadores poderiam fazer mais para garantir uma experiência uniforme entre aqueles que vão ao escritório e aqueles que trabalham remotamente.
“Nossa pesquisa mostra que o trabalho híbrido veio para ficar”, afirma Paulo Sierra, Diretor Geral da Poly no Brasil. “Apesar de o estudo ouvir apenas profissionais dos Estados Unidos, esta é uma tendência global que também identificamos entre as empresas brasileiras”, completa.
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A pesquisa mostra que experiências consistentes e equitativas entre os modelos de trabalho remotos e presenciais são chave para os colaboradores. Soluções de videoconferência desatualizadas no escritório (17%) e headsets defeituosos (16%) podem causar frustrações. Por outro lado, uma parcela dos líderes entrevistados (35%) afirma que as empresas em que atuam criaram experiências equitativas entre os modelos remoto e presencial.
A inequidade entre o remoto e o presencial é evidenciada quando somente 36% dos empregadores afirmam que suas empresas forneceram tecnologia adequada para que os profissionais se conectem ao trabalhar remotamente.
“Para nós está claro que, se uma empresa busca ganhar relevância e atrair os melhores profissionais do mercado, ela deverá investir em novas soluções para seus escritórios”, afirma Paulo Sierra. “Isso não será alcançado sem que as companhias adaptem seus espaços para receber tecnologias de vídeo-chamada que sejam tão fáceis de manejar quanto os dispositivos que nos acostumamos a utilizar desde casa”, complementa.
Apesar da preferência dos funcionários pelo trabalho híbrido, 65% dos empregadores têm forçado um retorno ao presencial sem levar em consideração os benefícios que os trabalhadores destacam nos modelos remoto e híbrido de atuação.
Mais do que 7 em cada 10 empregados (71%) concordam que o trabalho de casa é mais compatível com suas personalidades. Essa é a mesma porcentagem (71%) daqueles que disseram que o trabalho remoto impactou positivamente suas performances.
Apesar dos benefícios, mais da metade (57%) dos trabalhadores concorda que foram pressionados por gerentes ou pela empresa a retornarem ao escritório.
“Uma vez que a empresa entregar as ferramentas, tecnologias e benefícios que os empregados buscam hoje, ela estará pronta para acessar o futuro do trabalho”, observa Paulo Sierra.