Pagamentos em tempo real aceleram com a pandemia
A adoção e o uso de pagamentos em tempo real aceleraram em meio à pandemia de COVID-19, atestou o último relatório anual da FIS, fornecedora de soluções de tecnologia para pagamentos em tempo real. Segundo o estudo “Flavors of Fast”, a Índia permanece como líder em pagamentos em tempo real, processando 41 milhões de transações por dia, mais do que qualquer outro país.
O estudo, feito desde 2014, revela, entretanto, que o salto na adoção dos pagamentos instantâneos não foi da noite para o dia ou mesmo condicionado exclusivamente pela pandemia. “Todo ano tiramos uma foto do mercado global de pagamentos instantâneos”, explica André Beller, Vice-Presidente de Vendas da FIS para América Latina. “O interessante é que a jornada de sete anos deixa muito claro esse movimento em direção ao pagamento em tempo real. Em 2014, eram apenas 14 países com sistemas bem definidos de pagamentos instantâneos e agora estamos falando de 56 deles”, complementa. O pagamento por canais digitais na esteira da mudança do comportamento do consumidor e o fechamento das agências bancárias, devido as medidas de isolamento social, vieram acelerar esse movimento ainda mais.
De acordo com a pesquisa, os sistemas em tempo real passaram a oferecer também recursos que vão além dos pagamentos instantâneos. Nos EUA, mais de 130 instituições financeiras estão implementando pagamentos em tempo real, um aumento de cinco vezes desde setembro de 2019, segundo a FIS. Mais da metade (56%) de todos os provedores de serviços de pagamentos europeus aderiram à rede pan-europeia SEPA Credit Transfer Instant Payments, que leva pagamentos transfronteiriços e instantâneos a 20 países.
Mas o que essa adoção acelerada pode falar sobre o consumo e os meios de pagamento em mercados da América Latina? Em entrevista ao IT Forum, André Beller, detalha o estudo que também indica tendências para meios de pagamento instantâneos para os próximos anos.