Para IBM, 2017 foi ano de consolidação da inteligência ampliada
2017 foi intenso para a IBM Brasil. A empresa abriu o ano com seu espaço para inovação, a Garagem 11.57, e encerrou comemorando seus cem anos no País, um feito importante que poucas empresas de tecnologia conquistaram por aqui. “Foi um ano emblemático”, sintetizou Marcelo Porto, presidente da IBM Brasil, no tradicional almoço com jornalistas.
Porto destacou uma série de conquistas da Big Blue neste ano, como o fato de ter acumulado mais de 30 cases na área de inteligência aumentada (nome que a IBM deu para sua estratégia de inteligência artificial, por acreditar que esse tipo de tecnologia amplia a capacidade humana). O Bradesco, lembrou o executivo, foi pioneiro no Brasil e no mundo na adoção da ferramenta cognitiva da empresa, o Watson, e seu banco 100% digital, o Next, levará a tecnologia para o atendimento ao cliente final. “Foi um ano de sedimentação da inteligência artificial”, contou.
Além da forte atuação no setor financeiro com a inteligência aumentada, o presidente da IBM apontou que a empresa tem conquistado mais e mais clientes no segmento de saúde. O laboratório Fleury e o Hospital Mãe de Deus, no Rio Grande do Sul, são alguns dos exemplos e está saindo do forno uma parceria com o Centro de Câncer no Nordeste.
Em educação, Porto falou sobre o caso recente do Watson na Saint Paul Escola de Negócios, que oferecerá uma plataforma de educação corporativa por assinatura que integra inteligência artificial IBM Watson com recursos de e-learning, vídeos e biblioteca.
Novas tecnologias
A IBM tem em seu DNA a inovação, garantiu Porto. Tanto é que, globalmente, a empresa direciona, todos os anos, US$ 6 bilhões em pesquisa e desenvolvimento (P&D). Uma das frentes recentes de investimento da gigante de tecnologia é o blockchain.
Neste mês, a empresa anunciou que a BRF, uma das maiores empresas de alimento do mundo, e a rede varejista Carrefour se uniram à IBM Brasil para desenvolver um projeto de rastreabilidade de produtos por meio da tecnologia de blockchain. O objetivo do projeto é informar ao consumidor a procedência dos alimentos, considerando todas as etapas do negócio: produtiva, comercial e logística. “Além disso, neste ano, ingressamos de vez na computação quântica”, lembrou ele.
100 anos com cara de 15
Porto reforçou que, de fato, foram muitas novidades, mas que o ano intenso mostra que apesar de cem anos no Brasil a empresa mantém em seu sangue o alto poder de se reinventar, pensar diferente e viver na interseção de novos modelos de negócios e tecnologia.
“Daqui para frente, falaremos cada vez mais de dados, mas ele não caminhará sozinho em nossa estratégia”, disse ele, destacando a IBM Cloud como a principal aposta da companhia para os próximos meses. “Nossa IBM Cloud nasce com inteligência artificial no core, segurança como pilar e conhecimento de indústria. Tudo isso com uma arquitetura de dados forte”, comentou.
Horizonte
Para Porto, o que torna uma empresa perene, como a IBM, é, sem dúvidas, a ética. “Isso não tem preço. Sempre optamos pelo controle antes do crescimento. É nossa premissa”, afirmou. Com esse pensamento, o executivo indica que 2018, a exemplo dos últimos três anos, serão positivos para os negócios da empresa no Brasil. “Não podemos ser vítimas do cenário externo. Temos de ser protagonistas da nossa história”, finalizou.