União Europeia revisa aquisição de startup de IA pela Nvidia
Segundo TechCrunch, órgãos investigam possíveis impactos competitivos no mercado de IA
A União Europeia (UE) investiga a proposta de aquisição da Run, startup israelense de gestão de workloads de inteligência artificial (IA), pela gigante de chips Nvidia. Anunciado em abril, o acordo está estimado em US$ 700 milhões, segundo fontes.
De acordo com informações do TechCrunch, o pedido de revisão veio de reguladores de concorrência na Itália, sob o Regulamento de Fusões da UE (EUMR), que permite que países membros solicitem ao bloco a análise de uma transação quando houver riscos significativos para a concorrência no mercado local, com possível efeito no comércio dentro do Mercado Único.
A Comissão Europeia confirmou que aceitou o pedido italiano e considerou que a aquisição pode impactar a competição nos mercados onde Nvidia e Run operam, afetando, potencialmente, toda a Área Econômica Europeia.
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A Comissão também indicou que está em melhor posição para examinar o caso, dado seu histórico e experiência em mercados relacionados. Agora, a Nvidia terá de notificar oficialmente o bloco sobre a transação, detalhando-a para avaliação dos impactos competitivos.
O que está em jogo na investigação?
Na etapa formal, a Nvidia deve aguardar a liberação da Comissão antes de concretizar a transação. Embora o processo possa adicionar algumas semanas ao cronograma de conclusão do acordo, caso surjam preocupações, a investigação poderá se aprofundar, gerando meses de atraso e incertezas.
Nos últimos anos, a Nvidia tem enfrentado uma supervisão mais rigorosa em suas aquisições, com reguladores percebendo os impactos anticompetitivos de anos de consolidação no mercado.
No setor de IA, em que o acesso a insumos cruciais, como Unidades de Processamento Gráfico (GPUs) da Nvidia, é essencial para a inovação, a União Europeia e outras autoridades têm se mostrado vigilantes para evitar a concentração de mercado.
John Rizzo, head de comunicação para Public Policy da Nvidia, apontou que a empresa está à disposição para responder às questões dos reguladores e reforçou seu compromisso com a disponibilidade de soluções de IA em qualquer nuvem e empresa após a conclusão da aquisição.
*Com informações do TechCrunch
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