Tecnologias que impulsionam a inclusão nos Jogos Paralímpicos
Inovações em próteses, cadeiras de rodas e sensores redefinem as possibilidades para atletas paralímpicos, ampliando acessibilidade e personalização
A tecnologia está transformando o cenário dos esportes paralímpicos, com inovações que aumentam o desempenho dos atletas e promovem a inclusão. Desde avanços em próteses e órteses até a integração digital em cadeiras de rodas e dispositivos vestíveis, as melhorias têm permitido maior personalização e controle em tempo real. Isso se fortalece à medida que os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 se aproximam, consolidando o papel da tecnologia como um fator essencial para elevar as conquistas esportivas e ampliar a participação.
Nos últimos anos, os Jogos Paralímpicos têm visto uma ampliação significativa no uso de tecnologias digitais, indo além de dispositivos físicos para incluir inovações que melhoram o desempenho mental e cognitivo dos atletas. Agora, interfaces que conectam o cérebro ao computador (BCIs) e sistemas de neurofeedback ajudam os esportistas a melhorar a concentração, controlar o estresse e otimizar suas funções cognitivas durante as competições.
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Próteses e órteses agora contam com sensores e atuadores, que se ajustam automaticamente aos movimentos dos atletas, otimizando conforto e desempenho. O design assistido por computador possibilita a criação de equipamentos sob medida, adaptados à fisiologia de cada esportista. Essas inovações, aliadas ao uso de dispositivos conectados via Bluetooth, permitem ajustes instantâneos, melhorando a performance durante as competições.
Além das próteses, cadeiras de rodas de alto desempenho estão sendo equipadas com materiais inteligentes e sensores digitais, que monitoram a rotação das rodas e a pressão durante o movimento. Essa tecnologia possibilita a adaptação a diferentes tipos de terreno, oferecendo mais estabilidade e eficiência aos atletas.
A tecnologia de sensores e a análise de dados mudaram a forma como atletas paralímpicos treinam e competem, fornecendo informações cruciais sobre desempenho. Os sensores também têm se mostrado crucial no monitoramento do desempenho e na prevenção de lesões. Sistemas como o TritonWear, utilizado na natação, fornecem dados detalhados sobre a eficiência dos movimentos, permitindo que os treinadores ajustem o treinamento de acordo com as necessidades específicas de cada atleta.
Além do feedback instantâneo, ferramentas de análise de dados avaliam o desempenho pós-evento. Softwares avançados processam as informações coletadas nos treinos e competições, oferecendo insights detalhados sobre o rendimento e estratégias para prevenir lesões. Esses dados ajudam a otimizar o desempenho dos atletas e impulsionam o desenvolvimento da ciência dos esportes adaptativos. Além disso, a tecnologia de sensores permite o treinamento remoto, conectando treinadores e atletas à distância.
A tecnologia digital também transformou a experiência dos espectadores, tornando-a mais acessível e envolvente, especialmente nos Jogos Paralímpicos. Inovações como descrições de áudio, interpretação em língua de sinais e visuais de alto contraste facilitaram a acessibilidade para pessoas com deficiências visuais ou auditivas. Tecnologias avançadas de transmissão, como o áudio Dolby Atmos e recursos de linguagem descritiva, garantem uma experiência imersiva para todos. Além disso, experiências em realidade virtual permitem que os fãs acompanhem os eventos de forma única.
O avanço da tecnologia promete transformar as tecnologias assistivas e adaptativas para atletas paralímpicos. Inteligência artificial e machine learning devem tornar próteses e órteses mais personalizadas e adaptáveis em tempo real, enquanto tecnologias vestíveis oferecerão feedback contínuo. Realidades virtual e aumentada criarão treinos mais imersivos e experiências de espectadores mais realistas. Avanços em neurotecnologia também poderão melhorar as capacidades cognitivas e a resiliência mental dos atletas. Essa evolução tecnológica deverá redefinir os padrões de desempenho e acessibilidade nos esportes paralímpicos.
*Com informações de We Shape Tech
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