SXSW: 3 empreendedoras compartilham como inovação gera impacto social
Executivas contam como desafios pessoais as levaram a criar negócios que impactam milhares de pessoas no mundo
Como a tecnologia e a inovação estão transformando comunidades em todo o mundo? O tema foi discutido no palco do SXSW por Danielle Boyer, educadora e inventora de robótica, da Stream Connection, Kitty Liao, fundadora e cryogenics engenheira da Ideabatic, e Kimblery Allers, fundadora e diretora-executiva da irth.
Danielle Boyer é uma educadora e inventora de robótica que está democratizando o acesso à educação em tecnologia para comunidades indígenas. Originária da Tribo Sioux, no Upper Península de Michigan, nos Estados Unidos, Boyer compartilhou sua motivação pessoal para criar oportunidades para jovens como sua irmã. Diante das barreiras financeiras e da falta de recursos, ela se propôs a oferecer aulas gratuitas de robótica e habilidades digitais.
Com sua organização, ela já impactou mais de 800 mil crianças, capacitando-as para o futuro digital. “A tecnologia tem o poder de ser um grande equalizador, mas somente se for aplicada de maneira inclusiva e sensível às necessidades das comunidades”, aponta.
Kitty Liao, fundadora da Ideabatic, é uma engenheira de criogenia cujo trabalho se concentra em soluções de última milha para a entrega de vacinas em áreas remotas e carentes.
Sua experiência anterior na Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN, na sigla em inglês) onde trabalhou com sistemas em temperaturas extremamente baixas, a inspirou a buscar maneiras de superar os desafios logísticos da distribuição de vacinas.
Sua inovação, o Smart Last Mile (SML) Cooler, é uma solução revolucionária que pode salvar milhões de vidas, especialmente em regiões onde o acesso à saúde é limitado. Ela lembra, no entanto, que tecnologia é apenas uma parte do todo. “A tecnologia por si só não é suficiente; é a vontade de superar os obstáculos que impulsiona a mudança real”, ressalta.
Já Kimberly Allers, fundadora e diretora-executiva da irth, se tornou uma ativista em saúde materno-infantil depois de deixar a carreira de jornalista. Ao se tornar mãe, Allers foi confrontada com as disparidades raciais e de gênero no sistema de saúde.
Determinada a fazer a diferença, ela criou a irth, plataforma de compartilhamento de experiências de pacientes que visa erradicar o racismo e os preconceitos na assistência materno-infantil. “Nosso trabalho está mudando a narrativa em torno da saúde das mulheres negras e pardas, oferecendo uma voz aos que foram historicamente marginalizados”, conta. “Nossa jornada é uma prova de que, com determinação e colaboração, podemos superar até os desafios mais complexos”, conclui Kimberly.
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