Sistema do JPMorgan realiza em segundos o que advogados levaram 360 mil horas

A era da automação se aproxima cada vez mais e começa a invadir diversos setores. Um dos principais receios é o quanto essas máquinas substituirão o papel dos seres humanos. De um lado, a otimização de recursos e rapidez de processos e, do outro, aumento do desemprego. Um exemplo desse cenário é o JPMorgan, maior banco dos EUA, que desenvolveu um sistema que faz em segundos uma atividade que advogados levaram 360 mil horas.

O programa, chamado COIN (Contrato de Inteligência), faz a tarefa de interpretar acordos de empréstimo comercial que, até o projeto ter sido lançado em junho, consumiu 360 mil horas de advogados por ano. O software revê os documentos em segundos, é menos propenso a erros e trabalha 24 horas por dia.

O COIN surge apenas o começo da nova era tecnológica para o principal banco dos EUA. A empresa recentemente criou centros de tecnologia para equipes especializadas em big data, robótica e infraestrutura em nuvem para encontrar novas fontes de receita, reduzindo despesas e riscos.

Por trás da estratégia, supervisionada pelo Diretor de Operações Matt Zames e pela Diretora de Informação Dana Deasy, está uma tendência: embora o JPMorgan tenha saído da crise financeira como um dos poucos grandes vencedores, seu domínio está em risco se não buscar agressivamente novas tecnologias.

Nuvem
Depois de visitar empresas como Apple e o Facebook há três anos para entender como seus desenvolvedores trabalharam, o banco decidiu criar sua própria nuvem de computação chamada Gaia, que entrou em operação no ano passado. Machine learning e grandes esforços com big data agora residem na plataforma privada, que tem efetivamente capacidade ilimitada para suportar sua sede de poder de processamento. O sistema já está ajudando o banco a automatizar algumas atividades de codificação e a tornar seus 20 mil desenvolvedores mais produtivos, economizando dinheiro. Quando necessário, a empresa também pode acessar serviços de nuvem externos da Amazon.com, Microsoft e IBM.

Criando Bots
Para tarefas mais simples, o banco criou bots para executar funções como a concessão de acesso a sistemas de software e responder a solicitações de TI, como a redefinição da senha de um empregado. Os bots devem lidar com 1,7 milhão de solicitações de acesso este ano, fazendo o trabalho de 140 pessoas.

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