Segurança digital é prioridade estratégica para maioria das empresas brasileiras, diz Deloitte
Parcela dos executivos pretende ampliar investimentos em tecnologias de segurança ainda neste ano, de acordo com Deloitte
As grandes empresas brasileiras estão olhando para os investimentos em segurança digital como uma estratégia competitiva, destacou nova edição da pesquisa Agenda, realizada anualmente pela Deloitte.
Segundo o estudo, 88% dos entrevistados pretendem investir em tecnologias de cibersegurança em 2023. Desses, 42% afirmam que ampliarão os investimentos feitos ao longo do ano, enquanto 46% manterão o mesmo volume de investimentos feitos no ano passado.
Para a pesquisa, a Deloitte ouviu executivos em cargos de alta gerência de diferentes indústrias em 501 empresas distribuídas no País, cujas receitas líquidas totalizaram R$ 2,1 trilhões em 2022 — o equivalente a 21% do PIB brasileiro.
A intenção de aumentar os investimentos em cibersegurança dá sinais de maior maturidade das empresas em relação ao tema, uma vez que apenas 28% dos empresários qualificaram o nível de segurança digital de suas empresas como alto ou muito alto. Para 36% do empresariado, o nível de segurança é moderado, enquanto 24% o consideram médio; 5% admitem que o nível de segurança digital da empresa é baixo.
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“A pesquisa deixa claro que a consciência cibernética vem se tornado mais presente na agenda das empresas; e que ainda é preciso avançar bastante. Percebe-se, inclusive, que a atenção dos executivos irá se voltar para algumas áreas específicas em 2023, como infraestrutura tecnológica, aplicações aos clientes e gestão de documentos. Novas tecnologias, como Metaverso, podem se fortalecer futuramente como tendência em CRM (gestão de relacionamento com o cliente), o que exigirá, entre outras coisas, abordagens mais sofisticadas de segurança digital”, destaca André Gargaro, sócio-líder da Deloitte Cyber.
O estudo observou que há áreas prioritários do ponto de vista dos investimentos em 2023. São elas: infraestrutura tecnológica (32%), aplicações aos clientes (23%), gestão de documentos (21%), intranet da empresa (18%), canais de venda e pagamento (17%), gestão de CRM (15%), site da empresa (15%) e aplicações com fornecedores (13%).“
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João Gumiero, sócio-líder de Market Development da Deloitte, lembra do cenário desafiador que as empresas têm enfrentado para proteger seus dados e operações de ciberataques crescentes.
“Os executivos brasileiros sabem que uma agenda de investimentos estratégicos, principalmente em tecnologia e inovação, será fundamental para transformar as atividades das empresas, a fim de que mantenham a competitividade num cenário corporativo desafiador — e segurança digital é parte importante dessa estratégia”, finaliza.
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