Scala inaugura data center HyperEdge em Porto Alegre
Operação é resultado de um investimento de R$ 240 milhões e é dedicada a clientes Hyperscale
A Scala Data Centers anunciou o início das operações de seu primeiro site na região Sul do Brasil, em Porto Alegre (RS). A operação é resultado de um investimento de R$ 240 milhões e é dedicada a clientes Hyperscale, que possuem grande demanda por infraestruturas projetadas para grandes volumes de dados e processamento.
Com uma capacidade de 4,8MW de TI, o data center SPOAPA01 faz parte da família HyperEdge e conta com uma configuração desenvolvida para atender a demanda de conexão e computação distribuída. Outra característica do novo data center segue em linha com o portfólio da Scala, com altos padrões de eficiência energética e sustentabilidade.
Segundo a Scala, a instalação materializa um investimento estratégico da empresa no Rio Grande do Sul. “A escolha de Porto Alegre baseia-se não apenas em sua proximidade com data centers legado em uma região altamente conectada, mas também na perspectiva de se tornar um ponto de conexão para o cabo submarino Malbec”, justificou a empresa em comunicado.
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O cabo Malbec possui 2.600 quilômetros de extensão e já conecta São Paulo e Rio de Janeiro a Buenos Aires. A instalação planejada visa conectar diretamente Porto Alegre a Buenos Aires, reforçando a posição da cidade gaúcha como um hub de conectividade, proporcionando uma comunicação de baixa latência com o mercado argentino.
O data center SPOAPA01 está localizado no bairro de Navegantes, próximo ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, em uma região chamada 4º Distrito – que é um importante polo de inovação e tecnologia da cidade gaúcha.
“Estamos entusiasmados com a inauguração deste novo data center, que ocupa uma posição estratégica próxima aos data centers que servem às operadoras de telecom. Apesar da arquitetura, densidade e capacidade obsoletas para os padrões de clientes Hyperscale, estes outros sites na região representam pontos relevantes de conexão e interesse de tráfego. Com esse site em operação agora, nossos clientes possuem finalmente a alternativa de um data center de padrão global para atender ao crescente mercado da região, incluindo o suporte à região de Buenos Aires, na Argentina”, destacou Marcos Peigo, CEO e cofundador da Scala.
Metodologia própria garante métricas de sustentabilidade
Segundo a Scala Data Center, a construção do novo data center cumpriu os objetivos de sustentabilidade ao empregar a abordagem FastDeploy, metodologia proprietária de design e construção da Scala que permite a implementação em um prazo até 50% menor em relação ao modelo tradicional. Esta solução se baseia em componentes modulares pré-fabricados e transportáveis, que são integrados aos edifícios onde o data center se encontra, com arquitetura otimizada para clientes Hyperscale.
O projeto foi conduzido pelo Centro de Excelência em Engenharia da empresa (CoE, na sigla em inglês), que possui mais de 400 engenheiros, arquitetos e especialistas em data center de toda a América Latina. O CoE atua no planejamento e execução de todas as atividades relacionadas à construção e operação de um data center, desde a escolha do terreno, passando pelo planejamento, design, construção e comissionamento. Segundo a Scala, essa metodologia acelera a entrega aos clientes e traz ganho de escala, eficiência energética, e maior controle e visibilidade dos projetos.
Com o novo anúncio, a Scala opera agora nove data centers – quatro ficam localizados no Campus Tamboré, em Barueri (SP), e os outros estão distribuídos pelas cidades de São Paulo, Campinas (SP), São João de Meriti (RJ) e Curauma (Chile). Destes, os três últimos entraram em operação em 2023.
A companhia também está em processo avançado de construção de novos sites no Campus Tamboré, e no Chile, além de ter projetos em andamento para implementar novos data centers em Jundiaí (SP), Chile e Colômbia.
Desde a sua fundação, em 2020, a Scala afirma ter investido mais de R$ 8 bilhões em seus projetos na América Latina e prevê chegar a 550MW de TI de capacidade distribuída dentro dos próximos cinco anos nos quatro países em que irá operar.
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