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São Paulo deveria dobrar número de antenas para se tornar cidade conectada

A Associação Brasileira de Infraestrutura para Telecomunicações (Abrintel) apresentou esta semana um estudo inédito, encomendado à Teleco, que indica baixa qualidade na conexão de internet em diversas localidades da cidade de São Paulo. O relatório estima que é preciso dobrar a quantidade de antenas existente para aumentar a qualidade da internet e viabilizar uma cidade conectada.

Dentre as 103 mil estações de telecomunicações instaladas no Brasil, o mapeamento indica que 7.509 delas estão localizadas na capital paulista. Com base nesses dados, o diagnóstico revela mostra que é necessário ampliar a infraestrutura de conectividade na metrópole, o que pode ajudar a diminuir a desigualdade social e impulsionar a economia digital, especialmente em um contexto de pandemia.

E quanto menor a renda média da população, pior a distribuição de antenas, conforme verificado principalmente em bairros do extremo Sul e Leste da cidade. Distritos como Perus, Cidade Tiradentes e Capela do Socorro integram as regiões com maior carência de antenas, cujos níveis estão abaixo do indicado, acentuando a desigualdade e dificultando o acesso da população ao 5G.

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Nesses locais, constatou-se maior número de pessoas atendidas por uma mesma infraestrutura, menos infraestrutura por km² e menor quantidade de antenas ocasionado em uma conexão residual. Por outro lado, nos distritos com renda domiciliar mais alta, como Vila Mariana e Pinheiros, a situação é inversa: há menos pessoas atendidas por uma mesma infraestrutura, mais infraestrutura por km² e maior quantidade de antenas.

“A conectividade é ferramenta indispensável na promoção do desenvolvimento econômico e na redução da desigualdade social e esses números nos permitem concluir que há uma necessidade inegável de mudança na legislação para permitir a implantação de infraestrutura, com o objetivo de levar a abrangência dos serviços de conectividade móvel, em sua melhor forma, às periferias da cidade de São Paulo”, analisa Luciano Stutz, presidente da Abrintel.

Segundo a Abrintel, a desigualdade de acesso à infraestrutura de telecomunicações na cidade de São Paulo ficou ainda mais evidente durante a pandemia do COVID-19. Desse modo, as populações periféricas ficaram impedidas de se adaptarem ao trabalho e estudo remotos, o que acentua ainda mais a desigualdade social.

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