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Retomada da Via Varejo inclui integração de lojas e novo e-commerce

A Via Varejo é uma empresa de varejo e também de tecnologia. É dessa forma que o gerente de TI Maicon Peixinho define o novo momento vivido pela empresa, dona de duas das mais importantes marcas do varejo brasileiro: Casas Bahia e Ponto Frio.

O modelo antigo, que barrava inovações, tem sido substituído por uma estrutura ágil, permitindo novidades sobretudo no digital.

O primeiro resultado da transformação digital da companhia é a implementação de um sistema de vendas para lojas físicas, integrada às lojas digitais.

Marcelo Ingarano, ex-gerente de TI Via Varejo, que foi um dos líderes da reestruturação da infraestrutura da companhia, lembra que a Via Varejo contava com um sistema legado, baseado em mainframe, utilizado por mais de 30 anos. “Por questões de competitividade e estratégia em busca de atendimento mais personificado, precisava de uma plataforma omnichannel”, comentou. “Tínhamos site, loja e app, mas eles não se falavam”, lembrou, em entrevista à Computerworld Brasil.

Esse era o cenário de dois anos atrás, até que houve a fusão da Via Varejo com a CNova, unindo braços físico e digital em uma mesma operação. “Simplesmente tínhamos uma página em branco e precisávamos reescrever a empresa olhando para tecnologia.”

A plataforma criada foi a ViaMais, que entrou no ar no início de 2018. “O sistema conta com mais de mil lojas e foi o principal kickoff do que tratamos de DevOps. Criamos referências”, adicionou Ingarano.

Agora, o ViaMais está sendo usado como percursor para novas transformações. A próxima delas é no e-commerce

Novo passo digital

Com uma nova estrutura de criação de produtos, com equipes multidisciplinares e práticas ágeis, a Via Varejo está trabalhando em um novo projeto para o comércio digital.

Peixinho conta que o e-commerce da empresa começou a ser reestruturado e iniciará uma “nova era” a partir do segundo trimestre deste ano. Com toda a infraestrutura tecnológica reforçada, as equipes terão maior autonomia e agilidade para colocar inovações em prática.

Atualmente, as vendas de e-commerce representam apenas 25% do faturamento da companhia. Segundo o executivo, a ideia é que no primeiro trimestre já seja 30% e, no final do segundo trimestre, 40%.

Momento de retomada

Os esforços de transformação digital vão ao encontrou dos planos do GPA, grupo que controla a Via Varejo. Peter Estermann, presidente do GPA, disse na última semana, em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, que a missão no momento é recuperar a Via Varejo, cujo lucro caiu 79% até setembro em relação a 2017.

O foco, segundo Estermann, é recuperar receita e preparar a venda do controle da empresa.

Os planos digitais da companhia, segundo o executivo, incluem a intenção de lançar uma plataforma própria de pagamento e, na Via Varejo, o lançamento de uma carteira digital, projeto em parceria com a fintech AirFox.

Ainda segundo Estermann, a integração dos mundos físico e on-line começou há apenas dois anos e não poderá passar de 2020.

Agilidade

Ingarano destaca que o time to market anteriormente possibilita subir um ou dois sprints em mês, em média. “Saímos de um cenário de uma implementação a cada 15 dias, para diariamente.”

Todo esse novo modelo permitiu novidades não apenas como a ViaMais e o novo e-commerce, mas também novidades como vendas de lojas somente mobile, quiosques etc. “É uma plataforma concebida para ser multicanal e devices”, disse Ingarano.

Dados

Outra forte aposta da TI da Via Varejo é no modelo baseado em dados para potencializar a tomada de decisões. “Antes as decisões eram baseadas em feeling. Agora, trabalhamos realmente focados em resultados a partir dos dados que conseguimos obter tanto de negócios quanto de performance, por meio do uso de ferramentas de analytics”, disse Peixinho.

Uma das ferramentas de inteligência utilizada é a da Dynatrace, que permite o gerenciamento de toda infraestrutura de TI, para garantir performance e evitar quedas no sistema. “2019 promete ser um grande ano para a Via Varejo”, completou Peixinho.

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