Quase metade dos profissionais empregados quer mudar de emprego

Uma nova edição do Índice de Confiança da consultoria de recursos humanos Robert Half alerta para uma realidade que parece não dar sinais de melhoria para os recrutadores. Segundo o estudo, 45% dos profissionais atualmente empregados pretendem mudar de emprego até o fim do ano.

Esse potencial de mudança pressiona ainda mais as áreas de RH, já que 77% dos recrutadores entrevistados afirmam que encontrar profissionais com os requisitos técnicos e comportamentais necessários para o preenchimento das vagas em aberto está difícil ou muito difícil. Na percepção de 67% deles, o cenário não deve mudar nos próximos seis meses, enquanto 26% acreditam que a busca ficará ainda mais difícil.

A lacuna pode se tornar ainda maior tendo em vista que 32% das empresas afirmam que têm a intenção de contratar nos próximos meses, com 26% das empresas afirmando que a intenção de contratação é alta ou muito alta.

Mas o que mais motiva os profissionais empregados a buscarem outras oportunidades? Segundo a Robert Half, entre as quatro principais razões para o interesse na mudança, 73% dos entrevistados buscam melhor remuneração, 48% não enxergam chances de crescimento onde estão, 19% desejam benefícios mais atrativos e outros 19% sentem seus valores desalinhados aos da organização.

Leia também: Faltam empresas que queiram capacitar profissionais

“Com menos candidatos disponíveis, para sair na frente da concorrência é preciso atenção com relação a fatores que possam gerar insegurança nos profissionais, permitindo que eles se sintam tentados a cogitar novas oportunidades. Aqui, falo sobre definição clara do modelo de trabalho, avaliação sobre necessidades de ajustes na cultura da empresa, lembretes sobre os propósitos das ações e incentivo à construção de um ambiente humanizado em que as pessoas mantenham a conexão umas com as outras, mesmo que em alguns casos à distância”, orienta Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.

Para o especialista, também é fundamental apoiar e formar líderes que possam acolher os liderados, “mas para isso também se faz necessária a criação de pontos de apoio na estrutura da organização”, completa.

O estudo também avaliou o que os candidatos mais valorizam em um processo seletivo. De acordo com os que estão em busca de recolocação, os três aspectos que mais os atraem em um processo seletivo e contam positivamente na tomada de decisão são: transparência (67%), comunicação clara dos desafios de trabalho (58%) e valores/propósito da empresa contratante (52%).

Em seguida, aparece remuneração competitiva (50%) e agilidade do processo (42%).

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