Diferentemente das outras revoluções industriais vividas por nossa sociedade, a atual que possui como drivers tecnológicos a Conectividade, Computação em Nuvem, Big Data, Internet das Coisas e a Inteligência Artificial, afeta não somente atividades operacionais e a dinâmica competitiva das organizações modernas, mas também impacta as diferentes classes de profissionais altamente especializados.
Em outras palavras, diferentemente de revoluções tecnológicas anteriores onde ocupações de trabalho mais “braçais” eram substituídas por máquinas, nessa revolução estamos falando de ocupações de trabalho que demandaram anos de formação técnica intelectual que estão sendo substituídas por “robôs” cada vez mais inteligentes. Como exemplos de profissões com alto nível de especialização diretamente afetadas podemos citar médicos, advogados, administradores, economistas, contadores, entre outros.
Por sua vez, isso não quer dizer que essas profissões deixarão de existir como nas revoluções anteriores. Mas sim, de que essas profissões serão transformadas por meio da digitalização dos processos e dos serviços. De forma ilustrativa, não haverá mais a necessidade de um médico oftalmologista recorrentemente realizar diagnósticos de problemas de visão em pacientes, quando temos disponível uma máquina conectada a nuvem e com inteligência artificial embarcada capaz de realizar o mesmo diagnóstico numa escala de atendimento muito maior (aos milhares) e com um nível de precisão maior do que o próprio homem.
Portanto, seria o fim dessa classe profissional médica? Não, absolutamente não. Mas sim que essa profissão terá de ser complementada por outras competências técnicas para poder se adequar aos avanços da tecnologia.
Diante desse cenário, cada vez mais habilidades tecnológicas serão demandadas dos profissionais, entre elas cabe destacar três grandes áreas do conhecimento:
Não obstante as habilidades técnicas, as habilidades humanas nunca foram tão necessárias num mundo cada vez mais povoado por “robôs” inteligentes, que aos poucos moldam as nossas próprias relações sociais e modificam as ocupações atuais de trabalhos. Assim, cabe evidenciar três grandes grupos de habilidades necessárias nessa nova era moderna do trabalho:
Em uma economia que atravessa um processo acelerado de digitalização, torna-se necessário uma aproximação cada vez célere entre as empresas privadas que colocam seus produtos/serviços no mercado, o governo responsável por induzir o desenvolvimento, controlar e garantir os serviços essenciais aos seus cidadãos, e a academia responsável pela formação do capital humano na sociedade. Três hélices importantes do desenvolvimento tecnológico, econômico e social que necessitam entregar resultados cada vez mais integrados e rápidos para acompanhar a velocidade da evolução tecnológica.
Assim, iniciativas que permitam aproximar os alunos em formação e/ou requalificação dos desafios da iniciativa privada e do próprio governo são sempre métodos de ensino que precisam ser enaltecidos e citados. Formas de aprendizagem baseadas em desafios (como as Olimpíadas do Conhecimento do Senai, ICT Competition e o Seeds for the Future da Huawei ou o Behind the Code da IBM), permitem aos estudantes em formação aplicarem os conhecimentos teóricos aprendidos em problemas práticos aplicados, acelerando seu processo de formação técnica e exercitando as diferentes habilidades humanas requeridas dentro deste contexto.
*Kleber Canuto é doutor em Tecnologia e Inovação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Pesquisador, professor e coordenador de pesquisa, desenvolvimento e inovação em inteligência digital no Senai PR
A indústria de commodities, sejam agrícolas, animais, minerais, energéticos ou ambientais, virou alvo dos cibercriminosos,…
A fintech britânica SumUp anunciou na terça (7) que captou € 1,5 bilhão (cerca de…
A OpenAI anunciou o desenvolvimento de uma nova ferramenta chamada de Media Manager, buscando proporcionar…
O TikTok entrou com um processo contra o governo dos Estados Unidos, nesta terça-feira, em…
Em mundo cada vez mais impulsionado pela inovação tecnológica, a diversidade tornou-se não apenas uma…
O BrazilLAB, hub de inovação para as chamadas ‘govtechs’ do Brasil e da América Latina,…