Nvidia encerra ano fiscal de 2024 com receita de US$ 60,9 bi
Balanço da Nvidia surpreendeu mercado novamente, com aumento de receita de 126% em relação ao ano anterior
A Nvidia encerrou o ano fiscal de 2024 com uma receita de US% 60,9 bilhões, um aumento de 126% em relação ao ano anterior. Somente no quarto trimestre do ano fiscal, encerrado em 28 de janeiro, o valor foi de US$ 22,1 bilhões, um aumento de 265% quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado.
No último trimestre, o setor de data center da divisão Enterprise da Nvidia conquistou uma receita de US$ 18,4 bilhões, o que representa um aumento de 409% a mais que no ano anterior e crescimento de 27% que no mesmo período do ano passado. Já a receita do ano fiscal aumentou 271%, para um recorde de US$ 47,5 bilhões.
A empresa registrou ainda crescimento no setor automotivo e destacou anúncios importantes do ano, como a colaboração com o Google para otimizações no data center da Nvidia e nas plataformas de IA de PC para Gemma; e a expansão da colaboração estratégica com a Amazon Web Services (AWS) para hospedar Nvidia DGX Cloud na nuvem da Amazon.
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Jensen Huang, fundador e CEO da Nvidia atribuiu os resultados ao aumento global de demanda por empresas, indústrias e governos por ferramentas de IA generativa e computação acelerada. As divisões de data center e Enterprise também foram destaques para o líder da empresa.
“A Nvidia RTX, lançada há menos de seis anos, é agora uma enorme plataforma de PC para IA generativa, aproveitada por 100 milhões de jogadores e criadores. O próximo ano trará novos ciclos de produtos importantes com inovações excepcionais para ajudar a impulsionar a nossa indústria”, disse Huang.
Brasil é destaque na região
Marcio Aguiar, diretor da divisão Enterprise da Nvidia para América Latina também comemorou os resultados da companhia na região. Ao IT Forum, o executivo destacou o resultado do Brasil para a companhia, que é contribuição “representativa” nos resultados da organização.
No contexto brasileiro e latino-americano, a participação do país e da região nos resultados é significativa. No Brasil, especificamente, a contribuição para os resultados é representativa, atingindo cerca de 5% da receita total no último trimestre. Na América Latina como um todo, essa contribuição é ligeiramente maior, em torno de 7%. É importante ressaltar que essa participação está em constante crescimento, demonstrando um aumento gradual da presença e da relevância das operações locais”, afirmou Aguiar ao IT Forum.
“Este crescimento é impulsionado, em grande parte, por iniciativas estratégicas, tais como parcerias estabelecidas com instituições de ensino superior, governos, empresas, ecossistema de startups e a grande utilização das GPUs por parte dos Cloud Services Providers. Essas colaborações não apenas fortalecem a posição da empresa na região, mas também promovem o desenvolvimento tecnológico e econômico local, alinhando-se com os objetivos de crescimento sustentável e expansão estratégica da empresa na América Latina”, continuou.
Para os próximos meses, o diretor prevê um aumento na demanda de mercado impulsionada por diversas tendências e avanços tecnológicos. A adoção da inteligência artificial generativa por um número crescente de empresas deve desempenhar um papel significativo nesse crescimento.
“A IA generativa, com sua capacidade de criar conteúdo original e personalizado, está se tornando cada vez mais valorizada em uma variedade de setores, desde o entretenimento até o design de produtos. Além disso, a expansão contínua de data centers para suportar a crescente necessidade de armazenamento e processamento de dados também deve impulsionar a demanda por soluções tecnológicas avançadas”, explicou Aguiar.
Balanço surpreende o mercado
Para Thomas Monteiro, estrategista-chefe da Investing.com, os resultados da Nvidia superaram o consenso do mercado pela quinta-feira consecutiva.
“O mercado estava preparado para a venda após o balanço da Nvidia, devido às expectativas altíssimas e as condições macroeconômicas em deterioração. No entanto, mais uma vez, a empresa não deixou dúvidas de que o boom da inteligência artificial (IA) é muito mais do que apenas uma moda do mercado de ações, mas, sim, a aposta mais importante das corporações em todo o mundo neste momento”, escreveu o analista.
Para Monteiro, os resultados mostram que a Nvidia não está operando em nível de bolha e que sua lucratividade e margens seguem ainda mais rápido do que era esperado por analistas. “Olhando para frente, acredito que isso dará ao mercado um maior alcance para continuar buscando novos recordes, pois os investidores terão novos motivos para se manterem animados com o ritmo de inovação no setor de tecnologia”, continuou.
“Além disso, isso mostra que a demanda global por chips é robusta. Portanto, os medos de uma desaceleração mais ampla em muitos setores da economia permanecem improváveis, desafiando todos os sinais de alerta”, finalizou.
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