Mindfulness: aumentando atenção, foco e performance pela meditação

O mindfulness faz parte de uma série de práticas que nos ajudam a "alinhar" nossa mente, atingindo um estado de concentração e foco.

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4:16 pm - 23 de setembro de 2019
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A proporção de atividades que temos que lidar com o passar dos anos vai aumentando significativamente. Para algumas pessoas, isso requer um esforço maior de concentração e atenção. Mas, ao mesmo tempo, também pode nos induzir ao cansaço mental.

É por isso que existem práticas e técnicas que podem nos ajudar com tais questões. Uma delas é o mindfulness, no termo em inglês que pode ser traduzido por ‘atenção plena’.

O mindfulness “é um subconjunto de algo mais amplo”, diz Luiz Carlos Rusilo, professor universitário da Unifal-MG e praticante de Zen Budismo desde 1984.

No meio de todo o estresse vivido na fase adulta, a meditação tem sido cada vez mais discutida em sociedade. E, claro, estamos vivendo uma era mais conectada do que nunca. Se você olhar na sua loja de aplicativos, inclusive, encontrará alguns que podem ajudar.

Sobre o mindfulness, Rusilo nos explica que é uma “meditação light, mais simplificada, acessível às pessoas”. É, ainda, “uma teoria geral da meditação, não só terminologia”.

O termo simplificado imposto pelo professor, entretanto, não atrela um significado menos praticável ao mindfulness. Ele nos diz que, da mesma forma que as meditações mais complexas, o mindfulness tem os seus benefícios.

“É um exercício. E você consegue fazer suas conclusões sobre como ele funciona”, diz Rusilo. O mindfulness “trabalha em vários aspectos, mas aumenta a criatividade e o foco”.

Vantagens do mindfulness

Rusilo destaca as principais vantagens de se praticar o mindfulness:

  • Melhora na criatividade, no foco de tarefa, objetivo mental;
  • Diminui a dispersão e aumenta a percepção, “justamente porque aumenta o foco”;
  • Diminuição de estresse;
  • Sobre o aumento de foco, nos traz “melhoria de performance criativa e aumento da tranquilidade, calma, serenidade.

O estresse afeta 72% dos brasileiros que estão no mercado de trabalho, segundo pesquisa da Isma-BR. Do total, 32% poderiam sofrer da síndrome de burnout, que será indicada como doença segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Ainda de acordo com a pesquisa 92% das pessoas com a síndrome continuariam trabalhando.

No caso do mindfulness, ele vem como uma alternativa para tentarmos alinhar a nossa mente. Rusilo nos explica que ele “faz parte de uma classe maior de práticas de atenção, que mesmo despida de qualquer elemento religioso, são mais abrangentes do que o próprio mindfulness”.

Ou seja, o mindfulness é uma parte de um conjunto, entretanto, mais acessível às pessoas pela sua forma de prática. Entre outros, para praticá-lo, você pode:

  • Observar os sons: de olhos fechados, preste atenção na frequência dos sons. Repare em cada um deles, como dos carros, das pessoas, pássaros, e perceba os detalhes sonoros de cada.
  • Mudar seus hábitos: faça novos caminhos, coma em lugares diferentes, observe os detalhes ao seu redor.
  • Meditar por um curto tempo: pare por 5 minutos, encha seus pulmões de ar e solte lentamente. Repita o processo até se sentir calmo e com um ritmo mental menos acelerado.

Para Rusilo, o mindfulness “pode ser considerado uma simplificação e facilitação da atividade meditativa.”

Ele ainda explica que “o mindfulness vai fazer com que atividades repetitivas se tornem mais prazerosas”, por exemplo. Ele funciona como “um treinamento mental para atenção plena” que “também melhora muito a nossa performance”.

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