“Internet das coisas é conceito, não um produto”, diz especialista

Com a necessidade de automatizar os processos em uma organização, por meio da transformação digital, o chamado IoT, ou internet das coisas, acaba assumindo papel protagonista. É ele que serve de principal suporte para que os gestores possam tomar as decisões mais eficazes.

Com o tema “Edge Computing – a arquitetura que viabiliza a internet das coisas”, Fernando Nogueira Cesar, gerente de OEM e Soluções IoT da Dell EMC na América Latina, afirmou que as empresas que ainda não se adaptaram à era digital, vão desaparecer, assim como aconteceu com gigantes como Blockbuster e Kodak.

“A internet das coisas não é um produto, é um conceito”, ressaltou Cesar. E seu funcionamento consiste basicamente em coletar dados com sensores presentes nos equipamentos (nas coisas), analisá-los e colocá-los de volta no mundo físico. Tudo isso realizado sem a interferência humana.

Trabalho preditivo

Empresas como a WEIR, fabricantes de bombas hidráulicas industriais com mais de 100 mil equipamentos em funcionamento ao redor do mundo, gerenciam suas bombas por meio de um trabalho preditivo, afirmou Cesar.

Isso significa que com os dados coletados através de sensores em cada uma das peças instaladas da WEIR pelo mundo é possível acompanhar remotamente e em tempo real como está seu desempenho, e dessa forma se antecipar a falhas ou a condições de manutenção.

Por essa lógica, continua o gerente da Dell, nem sempre é mais conveniente transportar os dados para a nuvem, pois há decisões que precisam ser tomadas no local em questões de segundos, sob prejuízo de perdas ou em acidentes.

Daí a importância de instalar computadores “na borda” (no local do equipamento) uma vez que eles mesmos podem corrigir automaticamente eventuais falhas que possam por em risco a operação. “Nem todos os dados precisam ser enviados ao data center, pois além de gerar custos adicionais em serviços de transferências, pode não haver tempo hábil para se tomar uma decisão que exigem rapidez, caso contrário é impossível evitar acidentes e falhas críticas”, complementou.

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