“IA é a tecnologia. A inovação está em sua aplicação”, diz Eduardo López, do Google Cloud
Para presidente do Google Cloud Latam, diferencial é aplicar IA e outras tecnologias de maneira que elas efetivamente transformem as operações
Durante o Google Cloud Summit, em São Paulo, os líderes do Google Cloud, Eduardo López, presidente da Google Cloud América Latina, e Ricardo Fernandes, head da Google Cloud Brasil, discutiram o verdadeiro papel da inteligência artificial (IA) nas empresas. O consenso? A tecnologia, sozinha, não resolve os desafios dos negócios; o diferencial está na sua aplicação prática, suportado por uma infraestrutura robusta.
Fernandes foi categórico ao afirmar que o valor da IA não reside apenas na tecnologia em si. “IA por IA e tecnologia por tecnologia não agrega valor”, declarou. Para ele, o que realmente importa é a capacidade de usar essas ferramentas para resolver problemas reais das companhias, com foco em segurança, dados e inteligência artificial como pilares inegociáveis. Nesse sentido, ele ressaltou que a abordagem do Google Cloud é clara: a tecnologia deve ser uma facilitadora, não um fim.
Ricardo Fernandes, head da Google Cloud Brasil. Foto: Divulgação
López corroborou com a visão de que a transição para a nuvem é inevitável, mas que as empresas ainda enfrentam desafios com seus legados tecnológicos, paradigma que vem sendo quebrado no mercado, já que empresas como Oracle, AWS e o próprio Google Cloud estão abrindo cada vez mais suas nuvens. “Os clientes têm legado e, para muitos, migrar ainda era uma barreira. Agora, com as parcerias e as soluções certas, eles começam a ver os benefícios e a modernizar suas operações”, comentou.
Ele reforçou que a transformação digital precisa ser um processo contínuo e acompanhado de suporte e modernização e que a verdadeira inovação está em aplicar a IA e outras tecnologias de maneira que elas efetivamente transformem as operações das empresas, proporcionando segurança, escalabilidade e velocidade na inovação.
O executivo também trouxe à tona o avanço veloz da IA e como as empresas latino-americanas estão, cada vez mais, preocupadas em acompanhar essa transformação. Segundo ele, e citando dados do IDC, em 2023, 20% das empresas estavam atentas aos desafios da IA. Hoje, esse número dobrou. “O grande questionamento das empresas agora é como implementar essa tecnologia na velocidade necessária”, explicou.
López destacou ainda que o maior entrave à inovação na América Latina está nos legados tecnológicos que freiam o avanço das empresas. “Como aplicar a tecnologia para ir mais rápido na inovação? Essa é a pergunta que precisamos responder para ajudar nossos clientes a resolver seus problemas de negócios de forma eficaz”, concluiu.
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