“É só isso, não tem mais jeito, acabou. Boa sorte.” – se não é, a música de Vanessa da Mata e Ben Harper deveria ser a trilha sonora do Facebook. A maior rede social do mundo, que está passando por um profundo processo de rebranding, vai se despedir do nome para adotar a alcunha “Meta” e também vai desligar o software de reconhecimento facial.
Essa última novidade, anunciada essa semana, garante que a Meta não vai apenas encerrar a operação de reconhecimento facial, como vai ainda deletar os “rostos” de 1 bilhão de usuários.
A tecnologia, prestes a ser extinta, estava há 10 anos ativa na plataforma, e garantia o reconhecimento automático das pessoas em fotos e vídeos, sugerindo aos usuários que marcassem os amigos.
Com a mudança, o Facebook volta a adotar o sistema manual de taggeamento, como já era feito antes da ferramenta. Isso significa que, se você quiser marcar seus amigos nas postagens compartilhadas, você ainda pode fazê-lo, mas agora vai ter que se dar ao trabalho de procurar o nome do seu amigo na lista interminável de conexões.
Numa postagem publicada no blog da empresa criada por Mark Zuckerberg, o vice-presidente do departamento de inteligência artificial, Jerome Pesenti, mencionou que a decisão foi tomada porque não há clareza quanto às regulamentações governamentais e que existe uma grande “preocupação com o lugar que o reconhecimento facial ocupa na sociedade”.
Embora seja, de fato, conveniente para facilitar e agilizar a marcação dos amigos nas postagens, a ferramenta nunca escapou das críticas de quem se propõe a defender a privacidade digital. A American Civil Liberties Union (ACLU), inclusive, disse que a tecnologia de reconhecimento facial representa uma ameaça sem precedentes – “ela dá a governos, empresas e indivíduos o poder de nos espionar aonde quer que escolhamos ir’.
Para além da espionagem, outra preocupação é contra o enviesamento do algoritmo. Um estudo conduzido pelo MIT mostrou que a análise facial dos softwares errava numa taxa de 0,8% o reconhecimento dos rostos de homens de pele clara, mas errava 34,7% das vezes que tentava reconhecer mulheres de pele escura.
São justamente esses dois problemas, de ética e de espionagem, que estão levando outras companhias a adotar medidas semelhantes. Ano passado, a Amazon, a Microsoft e a IBM tornaram pública a sua decisão de parar de fornecer softwares de reconhecimento facial para departamentos policiais, que foram duramente criticados por usar a tecnologia para identificar manifestantes em protestos.
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