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Estudo: automação salta 300% na América Latina durante pandemia

Em meio ao avanço da transformação digital acelerado pela pandemia, 70% das empresas da América Latina estão investindo na automação de processos. Os dados são do estudo “A Jornada para a Organização Híbrida”, conduzido pela everis, consultoria multinacional de negócios e TI do Grupo NTT Data, em colaboração com a MIT Technology Review.

O destaque é a alta de mais de 300% no uso da automação para melhorar a experiência do cliente, partindo de 9% na edição anterior para 47%. “Num contexto em que a pandemia forçou as empresas a atender os clientes em plataformas digitais, a saída óbvia para os gestores foi aumentar os investimentos em tecnologias que melhorassem a experiência deles”, analisou Bruno Leal Magalhães, head de digital operations da everis no Brasil.

A pesquisa mostra ainda que 80% dos entrevistados veem as estratégias de automação como essenciais para o futuro de seus negócios. Cerca de 70% afirmam que a estratégia de automação adotada objetiva a melhora nas operações e reduções de custos. Mais da metade (55%) automatiza processos para mitigar riscos nas operações oriundos de falhas humanas.

Leia mais: Apenas um terço das empresas de serviços realmente aproveitam o ERP

Quase 60% dos executivos enxergam a necessidade de promover uma mudança cultural diante da transformação de talentos. Os líderes também consideram indispensável a implantação, no curto prazo (1 a 2 anos), de tecnologias como automação robótica de processos, como RPA (citado por 53%), Big Data (50%) e chatbots inteligentes (48%).

O levantamento aponta a Covid-19 como a principal alavanca da automatização. A prova disso é que 40% dos respondentes indicam que suas organizações priorizaram os investimentos em projetos-chave no ano passado; 36,9% aceleraram os processos de transformação operacional para responder aos desafios da pandemia; e apenas 2,38% reduziram o investimento nos projetos de transformação operacional.

Lições aprendidas

De acordo com o mapeamento, mais da metade dos líderes lidaram com alguma automatização que não foi totalmente eficaz em suas companhias. As principais causas dessas iniciativas “fracassadas” são: tempo de implementação superior ao esperado, não recuperar o valor esperado e a complexidade para integração dos processos à rotina.

A maioria dos gestores relatou problemas quanto ao conhecimento, nível de digitalização ou padronização do processo escolhido. Metade mencionou a dificuldade de esclarecer o objetivo da iniciativa de automatização.

“Esse levantamento dos fracassos mostra que os gestores precisam saber exatamente as necessidades de automatização e como fazê-lo. Além disso, o ROI não deve ser a única motivação para as empresas que buscam melhorias de seus processos através da tecnologia”, pontuou Magalhães.

A pesquisa entrevistou 84 líderes da transformação digital em grandes companhias de Brasil, México, Colômbia, Peru, Argentina e Chile.

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