Organizações dizem ter aumentado esforços de sustentabilidade, mas consumidores desconfiam

Segundo estudo da Capgemini, quase dois terços culpam a geopolítica por desaceleração de investimentos

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5:20 pm - 24 de outubro de 2024
Sustentabilidade e negócios. Imagem: Shutterstock

As organizações do mundo estão intensificando esforços para atingir metas de sustentabilidade e aumentar a maturidade de práticas sustentáveis. O aumento é constantemente desde 2022, com 84% dos executivos dizendo, em 2024, que sua organização está no caminho para atingir metas de emissões, enquanto menos de um décimo diz estar atrasado.

É o que revela um relatório do Capgemini Research Institute, o A world in balance 2024: Accelerating sustainability amidst geopolitical challenges, que mapeia avanços na sustentabilidade ambiental e social das organizações nos últimos três anos. No entanto, dizem eles, a instabilidade geopolítica do mundo dificulta esses esforços e pode causar redução nos investimentos.

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Tensões entre EUA e China, as guerras na Ucrânia e no Oriente Médio e a crise energética europeia estão levando à interrupção das cadeias de suprimentos e operações comerciais, e à incerteza em torno do financiamento governamental, diz o relatório. Este ano, quase dois terços dos executivos apontaram a geopolítica como consideração crescente em sustentabilidade, e 69% estão preocupados com o impacto da eleição nos EUA.

São elementos sentido em todos os países, mas os executivos suecos são os mais preocupados (75%), em comparação com 71% nos EUA e 59% na Índia.

Apesar disso, os executivos apontaram regulamentações relacionadas ao clima como impulsionador de projetos. Três quartos acreditam que a regulamentação é necessária para atingir metas climáticas globais, e quase dois terços concordam que sem ela sua organização não teria lançado muitas iniciativas de sustentabilidade.

Desconfiança do consumidor

No entanto, os consumidores ainda precisam ser convencidos desses supostos avanços. Três quartos esperam que as corporações desempenhem papel maior na redução das emissões em 2024. E eles estão mais céticos do que nunca sobre a sustentabilidade corporativa: mais da metade acredita que as organizações estão fazendo greenwashing – eram 33% na pesquisa de 2023.

“Os líderes empresariais têm o poder e a responsabilidade de nos conduzir a uma economia mais sustentável, e a administração da água, a preservação da biodiversidade e as práticas circulares estão agora estabelecidas como imperativos empresariais essenciais”, diz em comunicado Cyril Garcia, chefe de serviços globais de sustentabilidade e responsabilidade corporativa da Capgemini. “A melhor maneira de construir confiança e credibilidade com os consumidores é demonstrando resultados tangíveis e planejando um futuro com a sustentabilidade em seu coração.”

O Instituto de Pesquisa Capgemini entrevistou 2.152 executivos em 727 grandes organizações de 13 países na América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico. Os executivos eram de nível de diretoria e acima, com 50% deles em funções corporativas como estratégia, sustentabilidade, vendas e marketing, e 50% da cadeia de valor.

Também foram ouvidos 6,5 mil consumidores com mais de 18 anos nos 13 países.

O relatório completo pode ser lido no site da Capgemini.

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Redação

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