Drex: Inter detalha projetos escolhidos pelo BC para segunda fase
Gerente de tecnologias emergentes do Inter explica projetos e objetivos do banco. Todos usam blockchain como tecnologia base
O banco mineiro Inter anunciou que, após submeter cinco projetos ao Banco Central para a nova fase do Drex, também conhecido como Real Digital, três foram escolhidos para desenvolvimento e testes ao longo do ano. O objetivo das propostas é resolver questões financeiras que impactam a população brasileira.
“Reconhecemos que a tecnologia blockchain tem se mostrado o futuro para empresas do setor financeiro e estamos determinados a avançar nesta direção para eliminar burocracias reais da sociedade por meio da inovação e tecnologia”, diz em comunicado Bruno Grossi, gerente de tecnologias emergentes do Inter. Todos os projetos usam blockchain como tecnologia base.
A primeira fase do Drex teve como objetivo realizar a negociação de títulos públicos usando blockchain e testar soluções que garantissem a privacidade das transações. O Inter executou com sucesso os casos de usos propostos e contribuiu com sugestões, testes e validações.
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Na segunda fase de testes, a infraestrutura criada para o piloto será usada para testar a implementação de serviços financeiros, disponibilizados por meio de smart contracts criados e geridos por terceiros participantes da plataforma. Foram selecionados 16 consórcios e empresas, incluindo o Inter – a lista pode ser conferida aqui.
Drex e Inter
Os projetos aprovados são de diferentes segmentos e serão avaliados quanto à viabilidade de aplicação. O primeiro se chamar Tokenização dos Recebíveis e foi pensado para reduzir taxas e ampliar acesso de pequenos varejistas ao produto financeiro de antecipação de recebíveis com vendas em maquininhas de pagamento.
Atualmente, a operação é vantajosa apenas para grandes varejistas devido ao alto custo operacional, diz o Inter. A ideia é que a tokenização facilite o processo, reduzindo o custo e democratizando o acesso para pequenos negócios.
O segundo projeto é o Trade Finance de Commodities Agrícolas, que quer facilitar e tornar mais segura a venda de commodities agrícolas para pequenos e grandes produtores exportadores. Com um processo tokenizado, diz o Inter, todos os contratos estarão no mesmo padrão, facilitando a troca de informações e a integração com IoT.
A iniciativa também pretende funcionar como ponte, interligando diferentes bancos centrais no mundo.
O terceiro projeto aprovado para ser desenvolvido é o AMM (Automated Market Maker), que auxilia os bancos a disponibilizar e rentabilizar títulos públicos federais.
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