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Dez coisas para considerar antes de migrar para o Windows 10

A espera acabou. O Windows 10 chega a milhões de consumidores ao redor do mundo a partir dessa quarta-feira (29/07). Mas a atualização do sistema operacional pode significar uma grande dor de cabeças, especialmente para usuários corporativos. Isso ocorre por diversos fatores: trata-se de uma versão disruptiva, impacta questões relativas à hardware e certamente drenará parte do orçamento/tempo da TI.

A chegada do software levanta diversos tipos de indagações, do tipo como e quando, fazer o upgrade nas máquinas que ainda rodam o Windows 7, 8/8.1, Vista ou até mesmo o (já não mais suportado) XP.

Caso não esteja pensando no assunto por enquanto, saiba que não está sozinho. Uma pesquisa conduzida há alguns meses pela provedora de sistemas de gerenciamento Adaptiva descobriu que 71% dos respondentes pretende esperar até seis meses após a chegada do novo SO para fazer a atualização. Além disso, 49% planeja fazer esse movimento só depois daqui a um ano.

Empresas gigantes, com mais de 100 mil usuários, são ainda mais conservadoras. Nessa faixa, aproximadamente 80% dos participantes do estudo deve começar o processo de adoção do Windows 10 só depois de 29 de julho de 2016.

A seguir, separamos alguns fatores que podem lhe ajudar na hora de considerar o upgrade para nova versão do sistema operacional da Microsoft.

1. O tempo está passando para o Windows 7

Sistema mais popular da fabricante nos dias de hoje, o Windows 7 está em 61% dos desktops do mundo, de acordo com a Netmarketshare. Mas o SO já tem data de aposentadoria marcada: janeiro de 2020.

Parece um longo tempo, mas não é. De fato, muitas companhias ainda não conseguiram completar o processo de atualização de máquinas que rodam o XP, adverte Steve Kleynhans, analista do Gartner. “É hora das empresas serem mais proativas para evitar o risco de baterem com a cara na parede”, diz.

2. O Windows 10 é (provavelmente) mais seguro

É verdade que as vulnerabilidades de um programa computacional são descobertas por hackers ao longo do tempo. Essa é uma vantagem dos novos programas – o tempo até que criminosos encontrem as brechas. O Windows 10 vem com algumas características para manter redes e dados corporativos seguros. A lista inclui os recursos: Device Guard (que previne que aplicações desconhecidas rodem), Hello (autenticação biométrica) e Secure Boot.

3. O Windows 10 será mais amigável ao mundo móvel

Algumas organizações devem, de fato, explorar recursos a partir do uso de tablets. “A ideia é que o novo sistema operacional da Microsoft permita o avanço de dispositivos 2 em 1 (híbridos de tablets e notebooks), que ainda tinha limitações até o 8.1”, avalia Kleynhans.

4. A incerteza quanto ao Windows Phone significa disponibilidade de apps gerais

O Windows 10 introduz o conceito de apps universais para o sistema operacional da fabricante. Em outras palavras, significa que um sistema criado para um smartphone será mais amigável em um desktop. Resta saber como isso se desenvolverá, especialmente depois dos cortes e reorganizações promovidas pela provedora em sua divisão de mobilidade.

5. A migração do 7 para o 10 é mais simples que do XP para o 7

O movimento do XP para o 7 representou uma mudança significativa, que trouxe mais segurança e gestão de dispositivos. Porém, acessar essas vantagens envolveu reforçar a infraestrutura na retaguarda, lembra Ed Shepley, arquiteto de soluções especialista em migrações na Camwood. “A diferença dessa vez é que o Windows 10 será capaz de rodar na mesma infraestrutura utilizada atualmente. As coisas serão mais simples”, pondera.

6. Aplicações e hardware incompatíveis não serão uma grande questão

A atualização do XP para o 7 também foi complicada porque grande parte dos aplicativos existentes, dispositivos e periféricos não se integravam facilmente ao novo sistema operacional. “Isso significa que muitas companhias gastaram entre 18 e 24 meses apenas para avaliar como fariam o upgrade”, cita Kleynhans. “Mas como Windows 10 muitas coisas já virão compatíveis. Pode fechar os olhos e ligar as coisas que elas simplesmente funcionarão”, adiciona, sinalizando que o processo deve durar entre 3 e 6 meses.

7. Windows 10 muda o modelo de atualização do sistema operacional

Administradores precisarão se acostumar a nova forma que a Microsoft disponibilizará atualizações, incluindo temas como Current Branch For Business e Long Term Service Branch. São mecanismos usados por empresas para corrigir brechas de segurança ou adicionar recursos. Os departamentos de TI terão que executar updates automáticos em intervalos maiores e não especificados ou assumir essa tarefa de maneira manual.

8. Não será simples declinar atualizações

“Não creio que administradores em muitas organizações se darão ao luxo de aconselhar usuários a não fazerem atualizações, mesmo que reclamem”, comenta Shepley, observando que os profissionais tendem a querer a agilidade que esses novos recursos disponibilizados tende a trazer a suas tarefas/máquinas.

9. Ainda há muitas coisas desconhecidas

Há diversas coisas sobre o Windows 10 que só serão conhecidas com o tempo. “Muitas coisas sequer puderam ser testadas até agora”, comenta Kleynhans, citando temas como gerenciamento de apps e lojas de aplicativos do novo sistema operacional.

10. As atualizações talvez sejam o último ponto a se considerar

A boa notícia aos encarregados por tomar conta dos sistemas corporativos é que esse tema é apenas um (embora importante) tema em suas rotinas de atualizações diárias de software. “Essas atualizações pequenas talvez permita repensar como os updates são feitos, provavelmente adotando processos automatizados e repetitivos”, conclui Kleynhans. “Nunca tivemos tamanha possibilidade de automatização no passado. Assim, acho que a transição para o Windows 10 represente muito menos trabalho para manter um SO atualizado”, finaliza.

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