Desde sempre, o papel das mulheres na ciência é fundamental, especialmente na tecnologia. Mulheres como a Irmã Mary Kenneth Keller, primeira mulher a se tornar doutora em Ciências da Computação; e Augusta Ada King, a Condessa de Lovelace, conhecida como a primeira programadora da história – são exemplos de mulheres que fizeram história neste segmento.
Embora a figura feminina esteja marcada na história sempre de forma pioneira, atualmente a realidade é outra. De acordo com o programa YouthSpark, da Microsoft, apenas 18% dos graduados em Ciências da Computação e 25% da força de trabalho em TI são mulheres. Embora representem a maioria da população brasileira, a presença delas ainda não é forte na tecnologia. E essa tendência é mundial: em um dos maiores polos da tecnologia mundial, o Vale do Silício, cerca de 11% dos cargos executivos são ocupados por profissionais do sexo feminino.
A passos lentos, esse cenário está mudando para melhor. Hoje, há grandes empresas e iniciativas brasileiras fundadas por elas e/ou voltadas a inserirem meninas e mulheres no mundo da Tecnologia da Informação. Alguns exemplos são PrograMaria, InfoPreta, Elas Programam e Mastertech. Quanto mais mulheres se capacitarem nesta área, melhor será o equilíbrio entre gêneros em cargos de liderança no futuro.
Mais do que nunca, as grandes corporações estão de olho em mudar este cenário, visto que a presença feminina na liderança das empresas é comprovadamente um positivo diferencial. De acordo com a pesquisa “Delivering through diversity“, da consultoria McKinsey, companhias lideradas por mulheres rendem, em média 21% a mais do que a média no país em que estão inseridas. Em contraponto, empresas com baixo percentual de diversidade desempenham cerca de 30% menos do que a média.
É importante fomentar o debate entre colaboradores e líderes, para que desafios e pontos de atenção dentro dos processos da companhia. Assim, é possível identificar oportunidades de criar diversidade e equidade de gênero dentro da gestão da empresa.
Essas discussões também fortalecem a cultura da empresa, uma vez que assuntos como assédio, machismo e feminismo são abordados. Isso alinha expectativas e abre o olhar de toda a equipe da empresa para iniciativas de diversidade.
Não é raro que processos de entrevista e seleção do RH são cheios de estereótipos e vieses que atrapalham na hora de tornar o ambiente corporativo diverso e plural. Por isso, revise os processos do time e amplie a concepção de liderança na cultura da empresa, para evitar favorecer “automaticamente” determinados perfis.
Uma forma comum das empresas driblarem este problema é a avaliação de currículos às cegas, por exemplo, o que permite a análise das competências do candidato, sem levar em conta raça, gênero, religião. Além disso, é de extrema importância promover salários igualitários para todos os profissionais em uma mesma função.
Um dos grandes desafios para as mulheres no mercado de trabalho, ainda hoje, é a maternidade. Estudos apontam que as mães deixam o mercado de trabalho, em média, cinco vezes mais do que os pais após a licença-maternidade/paternidade.
A consultoria Robert Half, em pesquisa com com 1.775 diretores de RH de 13 países, sendo cem brasileiros, aponta que em 85% das empresas, menos da metade das funcionárias brasileiras retorna à vida profissional após o nascimento de seus filhos. Além disso, cerca de 28% das mulheres abandona o mercado de trabalho ao ter um bebê, e apenas 5% dos pais segue o mesmo caminho. Enquanto mais de 20% delas levam mais de três anos para voltar ao mercado, a mesma situação acontece com apenas 2% dos casos masculinos.
Por isso, invista em políticas organizacionais que valorizem as profissionais, inclusive durante a fase da gestação, para que a maternidade deixe, definitivamente, de ser um fator de risco para as mulheres no ambiente corporativo.
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