Migrar para a nuvem é uma das saídas que muitas empresas atualmente encontram quando o assunto é criar um ambiente flexível e robusto que permita a transformação digital. Esse foi o caso do Ecad, órgão responsável pelo direito autoral de execução pública musical no Brasil.
O trabalho da instituição consiste em fiscalizar o modo como a reprodução de músicas em determinados veículos se dá – e se está autorizada. Imagine cada vez que uma música toca em uma rádio ou na trilha sonora durante a exibição de uma novela: tudo é monitorado (até mesmo aquela canção favorita que toca enquanto você está queimando alguns quilinhos na academia).
Agora imagine que, para acontecer a correta verificação e posterior repasse para os detentores dos direitos, é preciso captar e armazenar todos esses arquivos. “Em uma novela, por exemplo, guarda-se não somente o som, mas também a imagem”, observa José Pires, CIO do Ecad, durante apresentação no Intercâmbio de Ideias, que aconteceu nesta quinta-feira (25/8), durante o IT Forum+ 2016, na Praia do Forte (BA).
“São 24 horas por dia, sete dias por semana gravando televisão. Gravamos a Globo, por exemplo, de meia-noite até 23h59. Não sei qual horário a música vai tocar. Não posso, por exemplo, falar 'vamos gravar entre meio-dia e cinco da tarde'. Então tenho de gravar tudo”, explica.
Considerando que são cerca de 600 rádios e 48 canais de televisão – sem contar os inúmeros shows, áreas de conveniência de hotéis e eventos público em geral -, a quantidade disponível de storage tem de ser enorme. “E isso começou a nos dar problema de armazenamento”, fora os altos custos que esse tipo de demanda gera para a TI em termos de infraestrutura, complementa o executivo.
Para se ter uma ideia da quantidade de dados que o Ecad tem de lidar, em 2015, o banco de dados da empresa englobava 6,3 milhões de obras documentadas. De fonogramas, o número chega a 4,8 milhões de obras cadastradas.
A alternativa encontrada para todo esse cenário foi a nuvem. Mas, antes de investir, Pires ressalta que as soluções escolhidas deveriam atender cinco pontos essenciais: flexibilidade, maximização dos investimentos, automação, gerenciamento simplificado, e escalabilidade.
Hoje, a empresa conta com Office 365 (com 845 caixas postas na nuvem) e Azure, da Microsoft, na nuvem pública; e Oracle no service desk. A organização também conta com nuvem híbrida para orquestração e administração do ambiente com HP Helion e Azure; e HP Helion também para nuvem privada.
Onipresença
Mas a nuvem não auxiliou apenas com armazenamento de arquivos – uma das principais questões que o Ecad precisava endereçar. Outro ponto destacado durante a apresentação do CIO foi a adoção de ferramentas de telepresença, que também garantiram agilidade e redução de custos para a operação da instituição no quesito deslocamento e hospedagem para realização de tarefas. A fornecedora escolhida, nesse caso, foi a Netglobe.
Com sede no Rio de Janeiro e escritórios espalhados em território nacional, as reuniões eram custosas. Hoje, é possível, por exemplo, fazer uma entrevista para o preenchimento de uma vaga no administrativo em Ribeirão Preto por meio da telepresença, sem que o profissional precise sair da sede e se deslocar fisicamente para o local, apenas para realizar a seleção.
Apesar de a ferramenta estar em linha com os objetivos estratégicos da empresa, a instituição não abre mão das reuniões anuais físicas feitas com gerentes de cada escritório. “[O virtual] não pode suprir o presencial”, ressalta Pires.
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