Com foco em AI, Oracle avança em chatbots e mira reconhecimento de voz

Termos como inteligência artificial e machine learning ditam o tom do Oracle OpenWorld, conferência anual da fabricante norte-americana, realizada nesta semana em San Francisco (EUA). O principal anúncio da companhia para os cerca de 60 mil participantes é um banco de dados autônomo, além de inteligência para cibersegurança. Mas o foco em AI vai além e entra em outra tecnologia em ascensão: chatbots.

A companhia firmou parceria com a Chatbox, empresa sediada em Seattle, para incorporar aplicativos à plataforma de cloud Oracle. A iniciativa vai ao encontro da estratégia destacada pelo CEO Mark Hurd durante sua participação no evento. Para ele, AI deve ser integrada a soluções para de fato trazer resultados às companhias. E é o que a Oracle está fazendo, incorporando essas tecnologias às capacidades da sua plataforma de cloud.

“Sempre falamos de machine learning e inteligência artificial, mas nunca aplicamos de fato aos negócios”, comenta Luis Meisler, VP Executivo para América Latina, em referência ao novo momento vivido pela Oracle.

O Oracle Mobile Cloud agora oferecerá aos clientes um chatbot que pode fornecer interface para interação, além de fazer o papel de formulário on-line com informações pertinentes da conversa com cada usuário. Serão suportados dispositivos como Amazon Echo, Facebook Messenger e Google Home, por meio de APIs.

Outro importante anúncio da companhia é a plataforma AI Software-as-a-service, que contempla recursos de data science, machine learning e deep learning. O foco é ter escalabilidade e preços acessíveis para que qualquer tipo de cliente possa ter acesso à tecnologia.

O próximo passo da companhia será a adição de recursos de reconhecimento de voz. Segundo Carlos Arguindegui, VP de aplicações para América Latina, em breve capacidades deste tipo serão incorporadas.

Na prática

Dave Donatelli, VP do grupo de cloud corporativa da Oracle, demonstrou na prática a utilização do chatbot. A empresa preparou uma demonstração considerando uma equipe fictícia de basquete, o Huskies.

Por meio do Facebook Messenger, um fã enviou uma mensagem perguntando quando seria o próximo jogo. No mesmo instante, o sistema responde e oferece ingressos. Ao afirmar positivamente a intenção de comprar um ticket, o usuário é questionado sobre qual valor de preço gostaria de pagar. Ao informar, recebe um mapa do ginásio com todos os assentos disponíveis para o jogo.

Na sequência, o usuário seleciona a cadeira que deseja e o sistema vai além: oferece serviços de refeições por R$ 10 para ser utilizado durante a partida. O usuário questiona que tipo de bebida terá e o sistema envia todas as opções.

*O jornalista viajou a San Francisco (EUA) a convite da Oracle

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