Sem contratar, CISOs apostam em automação de cibersegurança
Segundo estudo da Lumu, mesmo assim líderes do setor não preveem corte de custos ou demissões em suas equipes
Entre as prioridades dos CISOs brasileiros para 2023, a automação se mostra uma das mais importantes. A tecnologia é vista, inclusive, como uma resposta para lidar com os desafios da mão de obra e a contenção de novas contratações.
Pesquisa da empresa de cibersegurança Lumu, a CISO Priorities Flashcard 2023, indica que tecnologias como IA e aprendizado de máquina, desempenharão um papel maior para aumentar a eficiência e a eficicácia de seus talentos. O estudo destaca que esses investimentos não preveem corte de custos ou mesmo demissões nas equipes dos CISOs. Para a pesquisa, foram ouvidos 208 líderes de cibersegurança no Brasil entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023.
“As empresas estão tendo dificuldade em reter talentos tecnológicos no momento, mas a necessidade de medidas rígidas de cibersegurança é mais importante do que nunca, o que cria um ambiente em que as organizações precisam fazer mais com menos para manter suas redes seguras”, afirma disse Ricardo Villadiego, CEO e fundador da Lumu.
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Villadiego lembra que a indústria, de forma geral, segue, por enquanto, um padrão de espera quando se trata de contratar mais funcionários para atender à demanda. No entanto, destaca que “as empresas – não importa o tamanho – podem se apoiar na automação para priorizar os esforços de cibersegurança e equipar as equipes atuais com as ferramentas necessárias para detectar e erradicar ameaças em tempo real”.
Entre as prioridades para as equipes de segurança, 94% dos CISOs afirmam que estão priorizando a automação da detecção e resposta diante de ameaças, enquanto 96% priorizam o gerenciamento de vulnerabilidade baseado em risco. Há ainda uma previsão da maioria dos CISOS (92%) de implementar ou ampliar os recursos de busca por ameaças. Parcela semelhante diz que busca unificar a visibilidade de ameaças em todos os ativos (IoT, contêineres de nuvem, servidores etc).
O estudo ressalta que à medida que os hacks e violações continuam a aumentar, cada camada de defesa é importante para que as organizações tenham uma estratégia holística de cibersegurança. Emergindo desses problemas atuais, 88% dos líderes planejam otimizar o gerenciamento de alertas no SOC, 88% pretendem adotar medição de risco em terceiros ou cadeias de suprimentos, 86% migrar de plataformas de TI desatualizadas para plataformas baseadas em nuvem e 79% planejam adotar uma estratégia de Zero Trust.