Cibersegurança: 5 ameaças mais comuns contra empresas (e como evitá-las)
Especialista da CG One revela ataques frequentes e orienta organizações sobre como se protegerem
Conforme a tecnologia evolui, também têm avançado com rapidez e sofisticação as ameaças contra a segurança digital das empresas. Um levantamento recente da Check Point Research, o número de ciberataques no mundo aumentou no segundo trimestre de 2024 para 1.636 ataques hackers por semana, aumento de 30% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Denis Riviello, head de cibersegurança da CG One, lista a seguir os cinco ataques mais comuns contra empresas. E dá dicas de como as organizações devem agir para preveni-los.
- Phishing
O phishing continua no topo das formas mais comuns e perigosas de ataque cibernético. O método envolve o envio de mensagens fraudulentas que se disfarçam como comunicações legítimas, geralmente por e-mail, para enganar o destinatário e fazê-lo revelar informações sensíveis, como senhas e dados bancários.
Segundo o especialista da CG One, é importante desconfiar de links e anexos suspeitos, bem como de mensagens não solicitadas, especialmente se forem de contatos desconhecidos. “Hoje, os phishings estão cada vez mais elaborados e bem-feitos. Propostas muito boas ou solicitações em nome de órgãos legítimos podem ser uma estratégia para atrair vítimas para sites falsos onde os dados sensíveis das empresas podem ser roubados”, alerta.
- Malware
O malware, ou software malicioso, é uma categoria ampla que inclui vírus e outras formas de softwares projetados para causar danos a sistemas, roubar dados ou comprometer a segurança das organizações. Com a sofisticação das ameaças, tem se tornado mais difícil detectar e neutralizar ataques sem investimento multifatorial em cibersegurança.
Para Riviello, é essencial adotar medidas preventivas periodicamente, incluindo a instalação de antivírus e a realização de backups regularmente. “Ferramentas como firewalls, antivírus, extensões, entre outras soluções, funcionam como uma barreira fundamental para evitar a infecção dos sistemas das empresas por malware e outros tipos de ataques cibernéticos”, avalia.
- Ransomware
O ransomware é um tipo específico de malware que criptografa os arquivos da empresa e comumente exige um resgate para desbloqueá-los. Nos últimos tempos, a popularidade do método tem aumentado, com cibercriminosos aprimorando técnicas para maximizar o impacto e aumentar as chances de obter pagamento.
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Para que as empresas estejam protegidas contra um ataque ransomware, é essencial adotar uma abordagem multifacetada, o que inclui a implementação de sistemas de backup robustos e a aplicação rigorosa de atualizações de segurança. “Além disso, a segmentação da rede e o uso de soluções avançadas de detecção e resposta a ameaças podem mitigar significativamente o risco e limitar o impacto de um possível ataque”, diz o especialista.
- Deep Fakes
Deep fakes são uma técnica de manipulação digital que usa inteligência artificial para criar vídeos, áudios e imagens falsificados que parecem extremamente reais. Esses conteúdos manipulados têm sido frequentemente usados para enganar pessoas, espalhar desinformação e realizar fraudes financeiras em empresas de todo o mundo.
O especialista é categórico quanto à necessidade de uma política de segurança sólida para assegurar a proteção das organizações frente a uma modalidade tão sofisticada de ataque cibernético.
“A educação e a conscientização dos funcionários são pontos cruciais. É essencial que todos na organização saibam reconhecer sinais de possíveis deep fakes e saibam como reagir de forma adequada. Somente a combinação de tecnologia e conscientização humana garante uma defesa eficaz contra as ameaças cada vez mais sofisticadas dos deep fakes”, explica.
- Engenharia social
A engenharia social é uma técnica de manipulação que explora erros humanos para obter informações privadas, acessos ou vantagens financeiras a partir de ações que comprometem a segurança da empresa. Ao explorar a confiança, o medo ou a urgência de usuários desavisados, os atacantes podem induzir as vítimas a fornecer dados sensíveis ou realizar transações fraudulentas sem qualquer desconfiança. Essa abordagem não se baseia apenas na tecnologia, mas principalmente em uma compreensão aprofundada do comportamento humano.
O investimento na conscientização de líderes e colaboradores por meio de treinamentos e workshops de segurança é a principal ferramenta para prevenir golpes e ataques que utilizam da engenharia social.
No entanto, Riviello aponta duas práticas que podem ser aplicadas ao cotidiano dos colaboradores de forma espontânea: “de maneira nenhuma fornecer informações pessoais ou corporativas a solicitações inesperadas, mesmo que pareçam legítimas. Sempre confirmar a identidade de quem está solicitando os dados, especialmente se a solicitação for urgente ou fora do comum”, diz.
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