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Conheça: BRF aplica gestão de conhecimento para desenvolver produtos

Na BRF – multinacional brasileira do ramo alimentício surgida da fusão entre Sadia e Perdigão –, a adoção de práticas de gestão do conhecimento (GC), adotadas há alguns anos principalmente pela área de pesquisa e desenvolvimento (P&D) tem trazido impacto positivo nos resultados da companhia. O investimento feito desde 2019 já é sentido nos resultados, diz a empresa.

A diretoria de P&D da empresa gera conhecimento em ritmo acelerado, por isso investe em GC desde 2019, com apoio direto da liderança da vice-presidência de inovação e novos negócios. Essa equipe tem mais de 100 colaboradores divididos em cinco gerências, e detém 2.800 SKUs, 17 mil especificações, 15 mil listas técnicas, 18 mil artes gráficas e mais de 1.200 projetos em andamento.

“A diretoria de P&D está fortemente ligada à inovação, que é um dos pilares estratégicos em todas as etapas da cadeia produtiva da BRF”, explica Fabio Bagnara, diretor da área de P&D da BRF.

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A gestão de conhecimento na diretoria de P&D da BRF começou como projeto entre agosto de 2019 a dezembro de 2021, e se consolidou como processo a partir de 2022. A equipe desenvolveu um modelo de gestão condizente com as necessidades da área e passou a sistematizar fluxos de conhecimento, mitigando perdas de conhecimentos imediatas e futuras. Isso trouxe melhor aproveitamento dos conhecimentos entre projetos e demais iniciativas e criou aprendizagens rápidas para consolidação de GC, diz a empresa.

O planejamento contemplou uma metodologia de gestão adaptada à realidade de negócio e voltada às metas e estratégias da companhia. A área de P&D contou com a orientação da Impakt Consultoria durante o período em que GC era um projeto.

“Mapeamos com nossos gestores e consultores técnicos todos os conhecimentos críticos da nossa área. Determinamos como critérios dessa análise a relevância do conhecimento para o futuro, para o negócio, a criticidade de aquisição desse conhecimento no mercado e o risco de perda desse conhecimento”, conta Fernando Prado, gerente executivo de inovação, tecnologia e gestão de conhecimentos da diretoria de P&D da BRF.

Mudanças de paradigma

A primeira frente que a área executou foi chamada de Transferência Acelerada, e mobilizou dezenas de pessoas entre janeiro de 2021 até dezembro de 2022. Foram criadas forças-tarefas que se reuniram e registraram dezenas de materiais e participaram de eventos de disseminação de conhecimento.

As práticas de GC foram realizadas conforme a necessidade do conhecimento a ser compartilhado. Equipes elaboraram capacitações, manuais, storytelling em vídeo, workshops, oficinas, estudos de caso e estudos técnicos.

Assim foi gerado um mapa de conhecimentos críticos, em que 86% dos conhecimentos mapeados atingiram mais de 80% de grau de disseminação e descentralização, e 14% estão em andamento em 2023.

Somente em 2022, P&D contou com 11 grupos de conhecimentos críticos trabalhados, com 56 temas envolvidos, 62 materiais elaborados e mais de 1.000 participações em 28 eventos de disseminação de conhecimento na BRF.

Uma segunda frente, que ganhou mais força em 2023, é a de conhecimentos atuais e em desenvolvimento. O conhecimento que surge a partir dessa data tem garantia de registro e compartilhamento por meio da implementação de um Relatório Técnico, que compila em documento único o conhecimento tácito gerado em todo o desenvolvimento do produto, e que também é compartilhado em eventos específicos com foco em novas tecnologias e inovações.

Algumas ferramentas foram adaptadas na área de P&D, a fim de garantir a disponibilidade das informações com confidencialidade adequada, como a criação do portal de GC e da Biblioteca Técnica.

“As pessoas entendem a importância do conhecimento, mas, diante da rotina e de tantas prioridades, projetos e correria do trabalho, o olhar de profissionais específicos para GC é fundamental”, explica Prado.

Importância e envolvimento

A área de P&D da BRF implementou, desde 2020, uma pesquisa anual com as equipes envolvidas direta e indiretamente com as ações de GC. A pesquisa é realizada de forma anônima e mapeia avanços, recebe feedback das equipes envolvidas, e busca dar transparência ao processo e encontrar melhorias.

Em 2022, 93% dos ouvidos disseram que os conhecimentos apresentados podem ser aplicados em projetos de outras áreas. E 89% disseram ter obtido maior qualidade no resultado do trabalho.

Em 2022, 97% dos respondentes afirmaram que os conhecimentos críticos priorizados estão alinhados à estratégia da organização, e 95% dizem que a implementação de GC valoriza as áreas.

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