Brasil ocupa 42ª colocação em ranking que mede adoção de TIC
O Brasil está em 42 entre os 73 países no ranking de estudo que mede o grau de adoção, assimilação e uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na sociedade como matéria-prima para a inovação.
O País obteve 18,36 pontos de um total de cem no quesito Inovação. De acordo com a Qualcomm, responsável pelo levantamento, o índice é obtido a partir do cruzamento das três etapas: Pessoas e Conectividade; Empresas e Internet das Coisas e Governo e Inovação. O primeiro colocado é os Estados Unidos, com 61,58 pontos.
Com essa pontuação, o Brasil está posicionado na terceira colocação entre 20 países da América Latina e do Caribe (atrás de Chile e Panamá), mas na quarta colocação entre os BRICS (depois de China, Rússia e África do Sul).
O índice Qualcomm da Sociedade de Inovação (QuISI) avalia o grau de assimilação e inovação por meio de três elementos: Capital Humano, Indústria e Propriedade Intelectual. Em solo nacional, o déficit indicado pelo índice é o desenvolvimento do capital humano. Nesse quesito, o Brasil tem a pior pontuação da pesquisa. A taxa de matrículas em instituições de ensino superior é de apenas 30%, colocando o Brasil na posição 57 de 73 países. Na Coreia do Sul, primeiro colocado, o percentual de matriculados é de 98%. A média mundial é 53%. A Nigéria é o pior colocado, com 10% de matriculados.
Além disso, o País conta com 1.366 técnicos e pesquisadores por milhão de habitantes em idade para compor a população economicamente ativa, dos 15 aos 64 anos. Trata-se de número que representa quase metade da média dos 73 países analisados, de 2.757 pesquisadores por habitante. Nesse item, o Brasil fica em 41º lugar no ranking.
Destaque para governo
Em Governo, o Brasil obteve 51,54 pontos, melhor desempenho em todo o estudo, superior ao âmbito Pessoas (18,21) e Empresas (30,3). Nessa dimensão, é avaliado o uso de TICs na esfera pública brasileira, levando em consideração gerenciamento e fornecimento de serviços para cidadãos e negócios, além do grau de adoção dessas tecnologias na Saúde e na Educação.
O relatório indica que o País demonstrou bom grau de conectividade, levando em conta que o uso de internet por órgãos governamentais é quase universal, alcançando 100% nos níveis federal e estadual, e 99,82% no nível municipal. As áreas de melhoria estão relacionadas com interoperabilidade, conectividade nos setores de Saúde e Educação e a necessidade de se expandir a oferta de serviços online nos níveis estadual e municipal.
Com relação à Indústria, o investimento do Brasil em P&D está dentro da média dos 73 países analisados: 1,21% do Produto Interno Bruto (PIB). No entanto, a proporção está distante dos líderes e está 3,5 vezes menor do que a do primeiro colocado, Israel, que aloca 4,39% do PIB para investimentos em P&D.
O Índice Propriedade Intelectual é item no qual o Brasil tem o melhor desempenho entre os indicadores de inovação, mas o País ainda está bem atrás dos líderes. O Brasil está em 11º em pedidos de patentes por residentes, 7º em pedidos de patentes por não residentes e 4o em pedidos de registros de marcas.