Brasil ganhará mais relevância para Salesforce com chegada do Agentforce

Em entrevista, Daniel Hoe, VP de Marketing da empresa, comemora resposta positiva de clientes brasileiros durante o Dreamforce

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2:07 pm - 19 de setembro de 2024
Daniel Hoe, VP de Marketing da Salesforce na América Latina. Foto: LinkedIn

O Brasil é o maior mercado da América Latina da Salesforce e, há alguns anos, se destaca não só mercadologicamente, mas também com cases de sucesso. No Dreamforce* deste ano, foram 13 brasileiros palestrando – também o maior número da região.

Daniel Hoe, VP de Marketing da Salesforce na América Latina, divide em entrevista que, hoje, o Brasil está muito alinhado com os países desenvolvidos em termos de ritmo e adoção tecnológico. “Temos uma delegação gigante aqui. Somos o quarto país com mais participantes no evento e eu senti muita empolgação em todas as conversas que eu tive”, comemora ele.

O destaque do evento de 2024 foi o Agentforce, agente autônomo de IA, que terá seu lançamento oficial no Brasil no dia 12 de novembro. Mas Hoe confidencializa que já há uma seguradora brasileira testando o produto e que todas as grandes empresas presentes em San Francisco se interessaram pela nova ferramenta.

“Acredito que teremos uma fatia relevante no Brasil. O campeão mundial de conversação no mundo é o Brasil, por isso acredito que seremos relevantes no mercado do Agentforce. Os fatores que influenciam o tamanho de mercado são o volume de conversa e de clientes. Porém, podemos ser surpreendidos por outros casos de usos”, diz ele.

Entre os clientes brasileiros presentes no Dreamforce está a Natura. Tatiana Mazza, diretora de CRM da empresa, conta que tem uma fábrica de campanhas com o Data Cloud, da Salesforce, para a comunicação omnichannel.

Ela revela, em entrevista à imprensa, que o Agentforce poderá usar dados e ferramentas para levar ao CRM mais eficiência desde a produção de conteúdos para segmentação até as definições de quais públicos falar.

“Nós vamos evoluir para os agentes [autônomos de IA], mas o dado é a fundação. Precisamos de líderes orientados a dados e o executivo voltado à inteligência artificial, outro movimento importante para as lideranças”, diz ela.

Alexandra Bello, diretora de retail media do Grupo Casas Bahia, concorda e brinca dizendo falamos de omnichannel há muito tempo e parece que nada mudou. Entretanto, pondera a transformação digital feita pelo varejo e, especialmente, pelo Grupo. “E o dado está no centro disso, porque se não tivermos uma ferramenta para usar os dados ao nosso favor, não construímos nada.”

Nesse contexto, Alexandra explica que a empresa usa a plataforma da Salesforce para potencializar os resultados da unidade de retail media, distribuindo banners e projetos especiais de maneira personalizada e assertiva.

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*A jornalista viajou a convite da empresa

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Laura Martins

Editora do IT Forum. Jornalista com mais de dez anos de atuação na cobertura de tecnologia. É a quarta jornalista de tecnologia mais admirada no Brasil, pelo prêmio “Os +Admirados da Imprensa de Tecnologia 2022” e tem a experiência de contribuições para o The Verge.

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