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Alunos brasileiros desenvolveram habilidades de tecnologia na pandemia

A pandemia levou os alunos no brasileiros a desenvolverem habilidades de tecnologia de ponta e competitivas, especialmente em computação em nuvem, programação de computadores e engenharia de software. Desse modo, o Brasil ocupa 57º lugar globalmente em competências tecnológicas e o 5º na América Latina no Relatório de Habilidades Globais 2021 da plataforma Coursera, que alcança 82 milhões de alunos no mundo. Barbados e Chile também estão entre os líderes em tecnologia na região.

Apesar da crise sanitária ter afetado principalmente a empregabilidade da população de gênero feminino, as mulheres buscaram educação online em um ritmo maior do que antes da pandemia. Cerca de 46% dos alunos do Coursera no Brasil são mulheres. A proporção de matrículas de mulheres em cursos de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) aumentou de 27% em 2019 para 38% em 2020. Os homens representam a maioria, com 62% em 2020.

Baseado em dados de desempenho de mais de 77 milhões de estudantes desde o início da pandemia, o estudo avalia a proficiência de habilidades em negócios, tecnologia e ciência de dados em mais de 100 países. A pesquisa indica, ainda, que o Brasil detém a 83º classificação globalmente em proficiência em habilidades digitais, com mais de 3,2 milhões de alunos matriculados na Coursera.

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“O acesso a uma variedade de credenciais relevantes para o trabalho, incluindo um caminho para empregos digitais de nível básico, será a chave para a requalificação em escala e para acelerar a recuperação econômica”, afirmou Jeff Maggioncalda, CEO da Coursera.

O objetivo do relatório é fornecer às instituições informações para direcionar caminhos de nível básico e oferecer oportunidades de emprego em funções de alta demanda. Nesse sentido, os dados divulgados sobre o perfil dos alunos brasileiros que utilizam a plataforma trazem pistas valiosas sobre como o mercado deve investir na formação desse profissionais nos próximos anos.

Habilidades

Segundo o estudo, os estudantes brasileiros têm boas habilidades financeiras, mas precisam desenvolver habilidades de negócios. Estender esse conhecimento aos quatro cantos do país é uma forma de formar profissionais frente à demanda gerada pelas transformações digitais dos sistemas financeiros, com o Open Banking.

Os alunos brasileiros com habilidades em contabilidade, marketing e comunicação estão na categoria “nível emergente” no relatório, que compreende um percentual de habilidade desenvolvida de 26% a 50%. De acordo com o diagnóstico, essas habilidades podem impulsionar serviços ligados ao comércio, severamente sacrificados nesta pandemia. As habilidades empresariais podem ajudar, especialmente, os trabalhadores de pequenas empresas.

Por outro lado, as habilidades em matemática ainda são deficientes: os alunos brasileiros estão atrás dos alunos do México e da Bolívia. Esses resultados apontam para um baixo desempenho na disciplina em toda a região, em linha com estudos da OCDE, mas com grande potencial de talentos a serem explorados.

Funções de nível de entrada

O levantamento pontua ainda as habilidades e o tempo necessários para se preparar para cargos em nível de entrada em tecnologia.  Os recém-formados e os que querem mudar de carreira podem desenvolver habilidades de trabalho digitais de nível básico em apenas 35 a 70 horas. Por outro lado, alguém sem diploma ou experiência em tecnologia poderá estar pronto para o trabalho em 80 a 240 horas.

Os novos talentos devem investir em habilidades básicas e técnicas para permanecerem relevantes para o emprego em um mercado de trabalho em rápida evolução. Uma função de computação em nuvem de nível básico, por exemplo, como um especialista em suporte de computadores, exige o aprendizado de habilidades básicas, como resolução de problemas e desenvolvimento organizacional, e habilidades técnicas, como engenharia de segurança e rede de computadores.

As habilidades mais transferíveis em todos os empregos futuros são em habilidades humanas, como resolução de problemas e comunicação, conhecimento de informática e gerenciamento de carreira. Habilidades básicas, como comunicação empresarial e alfabetização digital, possibilitam que os trabalhadores participem de ambientes de trabalho cada vez mais complexos e globais.

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