Adobe anuncia compra da Figma por US$ 20 bilhões
Operação feita metade em dinheiro, metade em ações, deve aprimorar portfólio de 'criatividade colaborativa' da Adobe
A especialista em ferramentas gráficas Adobe anunciou nessa quinta (15) um acordo definitivo para compra da Figma, startup dona da ferramenta de design gráfico web de mesmo nome. A operação de US$ 20 bilhões será feita metade em dinheiro e metade em ações, e deve aprimorar o portfólio da empresa compradora na área de “criatividade colaborativa”, como ela mesma define.
A operação ainda está sujeita a aprovações regulatórias e, espera a Adobe, deve estar concluída em 2023.
Após o fechamento da transação, Dylan Field, cofundador e CEO da Figma, continuará liderando a equipe, mas agora respondendo para David Wadhwani, presidente do negócio de mídia digital da Adobe. Até que a transação seja concluída, cada empresa continuará operando de forma independente.
“O Figma atraiu uma nova geração de milhões de designers e desenvolvedores”, diz a própria Adobe em comunicado para a imprensa. “Juntas, Adobe e Figma vão reimaginar o futuro da criatividade e produtividade, acelerando a criatividade na web.”
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Fundada em 2012 por Dylan Field e Evan Wallace, a Figma ganhou mercado oferecendo ferramentas de design gráfico mais acessíveis, baseadas em web e sob assinatura, e com forte apelo colaborativo. Ganhou terreno sobretudo sobre a própria Adobe, cujas ferramentas são tradicionalmente mais caras, complexas, exigentes em termos de equipamento, e que demoraram a migrar para o modelo de assinatura na nuvem.
Segundo a Adobe, a Figma tem mercado total endereçável de US$ 16,5 bilhões até 2025. A expectativa é que a empresa adicione aproximadamente US$ 200 milhões em receitas anual líquida recorrente à Adobe já em 2022. A empresa tem margens brutas de aproximadamente 90% e fluxos de caixa operacionais positivos, declara a adquirente.
“Com a incrível experiência e inovação da Adobe, especialmente em 3D, vídeo, vetores, imagens e fontes, podemos reimaginar produtos fim a fim nos navegadores, enquanto construímos novas ferramentas e espaços para empoderar os clientes e desenhar produtos mais rápido e mais facilmente”, declarou no mesmo comunicado o CEO da Figma.