9 mulheres relatam suas trajetórias e inspiram futuras líderes na TI

Executivas da FICO, Intel, Atos, Nubank, Vittude e mais revelam desafios em suas carreiras e como superaram medos e obstáculos

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8:40 am - 08 de março de 2024
Imagens: Divulgação

Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, o IT Forum* convidou lideranças femininas do setor tecnológico para compartilharem suas histórias inspiradoras e perspectivas sobre o papel das mulheres na construção do futuro digital. Confira!

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  1. Kayla Vallim, COO da FICO para a área de parcerias e alianças

Desde sua infância em Brasília, Kayla já demonstrava um espírito dedicado e ambicioso. Filha de uma professora, aos 14 anos, ela agarrou a oportunidade de estudar inglês com uma bolsa de estudos oferecida pela escola da sua mãe. Essa decisão não só ampliou seus horizontes linguísticos, mas também marcou o início de uma trajetória extraordinária. 

Com determinação e habilidade, Kayla se inseriu no mundo corporativo, inicialmente como assistente executiva de diretoria em uma empresa de tecnologia. Sua constante busca por aprimoramento a levou a cursar jornalismo, mesmo sem ter atuado diretamente na área. Essa sede de conhecimento e evolução a impulsionou a novos patamares, culminando em uma posição de destaque na FICO, onde aprimorou o processo de pós-venda e experiência do cliente no programa Alianças e Parcerias no Brasil. 

Kayla Vallim, COO da FICO para a área de parcerias e alianças 

Kayla Vallim, COO da FICO para a área de parcerias e alianças 

O que torna a história de Kayla ainda mais notável é seu compromisso com a inclusão e a equidade de gênero no ambiente de trabalho. Consciente dos desafios enfrentados pelas mulheres, especialmente na área de tecnologia, ela prioriza a contratação de mulheres que buscam recolocação ou sua primeira oportunidade profissional. Sua equipe, composta quase que exclusivamente por mulheres, é um testemunho vivo do seu compromisso com a diversidade e a inclusão. 

Ao IT Forum, Kayla compartilhou como suas experiências pessoais moldaram sua abordagem à liderança, “Minha jornada pessoal foi pautada pela competência. Encontrei pessoas que respeitam o ser humano independentemente de gênero. Com engajamento e capacitação, as mulheres podem construir uma jornada de crescimento e expansão na empresa”. 

Sobre os desafios enfrentado nessa posição, Kayla destaca a importância da empatia e do aculturamento para superar barreiras culturais. Ela enfatiza a necessidade de fortalecer a autoconfiança das mulheres, combatendo a autossabotagem e a “síndrome da impostora”. 

Ao equilibrar sua busca pela excelência profissional com sua missão pessoal de criar oportunidades para mulheres, Kayla envolve-se ativamente em programas de mentoria e grupos de apoio. Ela enfatiza a importância de reconhecer o valor humano por trás de cada colaborador e de promover um ambiente inclusivo e diversificado. “Sou uma grande defensora da oportunidade”, declara Kayla. 

2. Barbara Toledo, diretora de Estratégia de Consumo e Varejo da Intel para América Latina

Barbara Toledo, diretora de Estratégia de Consumo e Varejo para Intel América Latina, engenheira elétrica de produção, relembra com nostalgia seu primeiro contato com um PC na década de 90, um Pentium 3 com Windows 3.1. “Isso vai mudar o mundo”, lembra de ter pensado na época. Desde então, sua jornada a levou por diferentes áreas da tecnologia, desde o marketing até as estratégias de consumo e varejo para América Latina. 

“A Intel tem a Lei de Moore, e ela se aplica também na minha carreira. A cada 18 meses na Intel, eu mudo”, brinca, completando: “É uma empresa muito dinâmica, que oferece a possibilidade de você gerenciar sua carreira”. 

Antes de ingressar no mercado de trabalho, Barbara passou por momentos marcantes de desestímulo e discriminação enfrentados ao longo de sua formação. Desde o desencorajamento explícito em salas de aula predominantemente masculinas, até comentários depreciativos sobre habilidades técnicas com base no gênero, Barbara enfrentou e superou tais adversidades com determinação e apoio de colegas. “Os meninos só se preocupavam em aprender, e eu e minha amiga tínhamos de aprender e nos provar. Ou seja, o ponto de partida é diferente.” 

2. Barbara Toledo, diretora de Estratégia de Consumo e Varejo da Intel para América Latina 

Barbara Toledo, diretora de Estratégia de Consumo e Varejo da Intel para América Latina 

Barbara destaca que a Intel se mostrou desde o início um ambiente inclusivo e respeitoso com gêneros e preferências sexuais. Na Intel, o foco está no que cada indivíduo pode contribuir, independentemente de gênero. “Nossos produtos precisam atingir toda a camada da sociedade, então se tem um time heterogêneo trabalhando num produto, ele não vai atender a todos. Funciona como ferramenta de retenção.” 

Além disso, Barbara ressalta a importância de iniciativas de apoio e mentoria para mulheres na tecnologia, como a parceria com organizações como PrograMaria e Cloud Girls, que oferecem suporte e troca de experiências. “Buscar referências e estar aberta a conversar é chave, além de ter um grupo de aliados, de apoio, e mentores.” 

No que diz respeito à promoção da diversidade e inclusão, Barbara destaca não apenas a importância da mensuração de resultados, mas também do investimento efetivo e ação por parte das empresas. A Intel, por exemplo, investiu mais de US$ 300 milhões para promover diversidade e inclusão, desde o processo seletivo até parcerias com fornecedores diversos. “Não basta falar, é preciso agir e isso requer atenção”, pontua. 

Por fim, Barbara compartilha sua experiência pessoal como mãe e profissional, destacando a necessidade de uma rede de apoio consciente e da participação ativa dos homens na paternidade. “Os homens têm um papel importante na maternidade”, conta. 

3. Fabiola Marchiori, VP de Engenharia e líder de prevenção à fraude do Nubank

Desde os primeiros anos, Fabiola demonstrava uma curiosidade insaciável. “Desde criança, queria entender como as coisas funcionavam”, revela ela. Essa curiosidade a levou a seguir um curso técnico em eletrônica, fornecendo uma sólida base de conhecimento em infraestrutura, embora inicialmente tenha se sentido mais confortável com software do que com hardware. Esse caminho a levou à ciência da computação. 

Ao longo da sua jornada profissional, Fabiola enfrentou desafios significativos, desde o sexismo explícito até a pressão para se conformar com padrões de liderança predominantemente masculinos. “Comecei a trabalhar nessa área há 20 anos e a consciência de forma geral era diferente. De homens interrompendo até perguntas de quem era o idiota que contratou uma mulher”, relembra ela. No entanto, à medida que avançava em sua carreira, encontrava menos mulheres e percebia a importância de construir alianças com outras profissionais do sexo feminino para contribuir para o seu crescimento e de outras mulheres. 

Fabiola Marchiori, VP de Engenharia e líder de prevenção à fraude do Nubank  

Fabiola Marchiori, VP de Engenharia e líder de prevenção à fraude do Nubank  

Fabiola destaca duas fases distintas em sua trajetória profissional. Na primeira, ela adotou uma abordagem mais masculinizada para liderar, buscando ser aceita por meio da imitação dos padrões de comportamento que via ao seu redor.  

No entanto, com o tempo, ela percebeu que poderia ser mais autêntica e valorizar suas características pessoais, como sensibilidade, intuição e empatia no ambiente de trabalho. “Consegui deixar esses espaços de relacionamento e me fazer mais humana, mais vulnerável”, compartilha, completando que não, ao longo da sua trajetória, entendeu que não dava para ser Mulher Maravilha. 

Além dos desafios relacionados à liderança e à igualdade de gênero, Fabiola destaca a importância da constante atualização técnica em um campo tão dinâmico como a tecnologia. Ela enfatiza a necessidade de estar sempre próxima dos avanços tecnológicos e de liderar equipes com competência técnica, a fim de manter a relevância e enfrentar os desafios emergentes, como a prevenção à fraude e a identidade digital. 

Como líder, Fabiola destaca a importância da adaptabilidade e da capacidade de gerir conflitos em um ambiente em constante mudança. “Adaptabilidade é o principal core que venho desenvolvendo e a capacidade de gerir conflitos”, afirma ela. 

Por fim, Fabiola oferece conselhos valiosos para mulheres que desejam ingressar ou avançar em carreiras na área da tecnologia. Ela enfatiza a importância de construir uma base sólida de conhecimentos básicos e de resistir ao pensamento de que não estão prontas. “Você provavelmente está pronta, mais do que a maioria das pessoas”, diz ela, encorajando as mulheres a confiarem em si mesmas e a buscarem apoio em redes de profissionais femininas e em mentores. 

4. Tatiana Pimenta, CEO da Vittude

Tatiana Pimenta, CEO da Vittude, é reconhecida no ecossistema de inovação, não apenas pela sua liderança em uma das startups mais promissoras do Brasil, mas também por sua jornada pessoal marcada por desafios, resiliência e busca por transformação.  

Formada em engenharia civil, Tatiana trilhou um caminho profissional sólido, marcado por experiências em grandes empresas como Votorantim e Hilti do Brasil. No entanto, foi em meio a uma fase de turbulências pessoais que ela encontrou a inspiração para fundar a Vittude. “Fui desligada de manhã e de tarde soube que meu pai estava com câncer. Foi um processo intenso. Fiquei acompanhando meu pai e tive dificuldades de encontrar um médico para ele”, revela Tatiana. 

Esse momento foi um ponto de virada, levando-a a mergulhar em um projeto que visava conectar pessoas à saúde mental a partir de uma plataforma on-line. Assim, em 2016, nasceu a Vittude, uma iniciativa destinada a democratizar o acesso à saúde mental em um país onde a carência nesse setor é evidente. 

Tatiana Pimenta, CEO da Vittude 

Tatiana Pimenta, CEO da Vittude 

A jornada empreendedora de Tatiana foi marcada por desafios profissionais e adversidades pessoais, incluindo violência doméstica e depressão. “Tive uma violência doméstica por relacionamento abusivo. Não olhei para isso, tive depressão e vários pontos de depressão em 2012”, relata ela. 

Essas experiências dolorosas a levaram a entender a importância crucial do suporte e da conscientização em torno da saúde mental – tema prioritário em sua agenda pessoal em 2024, tanto é que sua conversa com o IT Forum aconteceu enquanto ela caminhava pelo parque em uma manhã ensolarada de sexta-feira. Tatiana enfatiza o papel vital que líderes e colegas desempenham nesse contexto, destacando a necessidade de uma rede de apoio sólida para enfrentar esses desafios. 

A Vittude não é apenas uma empresa, mas uma missão para Tatiana. Ela dedicou anos para estudar e lutar pela regulamentação necessária para sua plataforma. “Ficamos 2 anos militando para ter uma regulamentação”, diz ela orgulhosamente. Sua persistência e paixão pelo projeto resultaram em conquistas significativas, inclusive antes da pandemia, que acelerou a adoção de serviços de telemedicina. 

Atualmente, a Vittude atende empresas, fornecendo soluções de saúde mental para funcionários. Clientes como RD Station, SAP e Boticário já reconhecem o valor desse investimento em bem-estar. 

Ao refletir sobre sua jornada, Tatiana compartilha valiosas lições para empreendedores, especialmente mulheres, enfrentando desafios semelhantes. “É importante ter uma boa reserva financeira”, aconselha ela, destacando a necessidade de se cuidar e reconhecer a importância da rede de apoio. 

Tatiana enfatiza a importância de se abrir sobre as dificuldades enfrentadas no empreendedorismo e não subestimar os obstáculos. “As pessoas não imaginam a dor que é empreender, mas não é fácil”, admite. 

5. Marina Queiroz, gerente de contas de distribuição e programas para Américas na Intel

Marina, natural da Baixada Santista, sempre teve fascínio pelo universo da tecnologia desde muito nova. Seu encanto pelo potencial dos computadores despertou aos cinco anos, quando teve seu primeiro contato com essa ferramenta. Foi nesse momento que ela descobriu sua profissão: “Quero passar todo o tempo possível na frente de um computador, para sempre”. 

Desde então, todas as decisões profissionais de Marina foram direcionadas por esse propósito, começando pelo seu ensino médio-técnico, que foi voltado para os estudos em TI.  

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Marina Queiroz, gerente de contas de distribuição e programas para Américas na Intel

Durante o curso de processamento de dados na FATEC, Marina recorda vividamente do momento de procura de estágio. “Lembro disso com clareza, pois foi marcante. Era um domingo, eu liguei o computador e apliquei para 82 vagas. Um número expressivo, porém, poucas empresas me chamaram, mas uma delas era uma multinacional”, relembra a executiva, falando sobre seu ingresso na Oracle, onde trabalhou por sete anos. 

Ao refletir sobre os desafios ao longo de sua trajetória profissional, Marina ressalta o papel crucial que outras mulheres tiveram em suas decisões mais importantes. Entre os momentos mais marcantes estava sua transição para a Intel. Apesar das dúvidas e incertezas, Marina encontrou apoio em uma amiga de escola. “Lembro de ligar para minha amiga que já trabalhava na Intel, e ela me incentivou. Decidi seguir em frente, e foi a melhor decisão que tomei. Muitas mulheres têm me apoiado ao longo da minha carreira”, compartilha a executiva, que está prestes a completar uma década na empresa. 

Atualmente, Marina desempenha o papel de executiva de contas no time de distribuição dos Estados Unidos na Intel, onde também supervisiona o programa de benefícios para os parceiros em todo o continente. 

6. Ana Viani, vice-presidente de Vendas da Atos para a América do Sul

Como líder das áreas de vendas, pré-vendas e operações de vendas, Ana acumula mais de 18 anos de experiência em liderança de vendas e gestão de negócios, tendo iniciado sua carreira na área de tecnologia em uma fase precoce da vida. Seu ingresso na Siemens aos 17 anos foi um marco significativo. Afinal, ela foi contratada como técnica de campo, tornando-se a primeira mulher a ocupar essa função na empresa. 

Ana recorda dos desafios que enfrentou nesse papel, desde a necessidade de adaptação do material de trabalho até momentos de desconforto e discriminação em ambientes predominantemente masculinos. Em uma ocasião, ao chegar para um conserto em uma empresa, se deparou com um ambiente permeado por imagens de mulheres objetificadas. “Quando observei o cenário, fiquei um pouco chocada, mas nada disse. Me ative somente ao conserto. Entretanto, por falta de uma peça, não consegui fazer o conserto no mesmo dia e tive que retornar, quando voltei, as fotos não estavam mais lá. Foi ali que percebi que até a nossa presença pode ser agente de transformação.”

Ana Viani, VP da Atos

Ana Viani, vice-presidente de Vendas da Atos para a América do Sul

Apesar dos desafios, Ana se manteve confiante e muito dedicada. Após consolidar sua experiência no campo técnico, a executiva expandiu suas habilidades para a gestão de projetos e equipes. Ela ascendeu em sua carreira ocupando cargos como gerente de projetos, head de operações de Vendas e diretora de Operações, até se juntar à Atos em 2015. 

Além de sua vasta experiência em liderança e gestão de negócios, Ana também acumula experiência internacional na Europa e nos Estados Unidos. Em seu percurso profissional, passou por empresas como Unify e Siemens, onde desenvolveu equipes globais de alto desempenho. 

Ana acredita firmemente que o setor de tecnologia oferece oportunidades diversas para profissionais de diferentes formações, por isso, incentiva que meninas tenham coragem e ocupem esses espaços com ousadia para transformarem o ambiente. 

7. Jéssica Lopes, analista de segurança da informação no will Bank

Jéssica, natural da região oeste de São Paulo, cresceu em uma área periférica e foi a primeira da sua família a se aventurar no campo da tecnologia. “Não tinha ninguém para me inspirar, olhava ao meu redor e não via ninguém como eu ocupando esses espaços. Tudo parecia muito nebuloso”, relembra. Seu primeiro contato com a tecnologia veio pelo de cursos gratuitos oferecidos pelo ITB, FIEB e ETEC. 

Ao estudar programação, Jéssica sentiu que tudo começou a se encaixar. Mesmo sem saber exatamente como, ela sabia que queria fazer parte desse universo. Porém, as coisas não foram fáceis depois de tomar essa decisão. Durante sua jornada na faculdade, focada em redes, Jéssica enfrentou inúmeros preconceitos. “Fui a única mulher da minha turma a me formar. Enfrentei muito machismo e sexismo. Como os grupos na faculdade se formam naturalmente por identificação, eu não me encaixava neles. Para provar meu valor, tive que me esforçar o dobro.” 

Jéssica Lopes, líder em cibersegurança no will Bank

Jéssica Lopes, analista de segurança da informação no will Bank

Seu estágio na D-link marcou um novo capítulo em sua trajetória. Jéssica recorda que sua mãe não entendia como ela conseguia estudar tanto e ganhar menos do que ela, que era diarista. “O começo foi difícil e sei que muitos desistem por não conseguirem se manter na área. Ressignificar os conceitos na mente dos meus familiares foi complicado, mas hoje é gratificante poder proporcionar algumas coisas para eles com os frutos do meu trabalho.” 

Apesar dos medos e inseguranças, Jéssica perseverou, se capacitou, passou por empresas como Porto Seguro, Cultura Inglesa e agora é líder em segurança cibernética no will Bank. Hoje, ela incentiva todos os que estão na área a apoiarem outras meninas a serem corajosas e a ingressarem nesse vasto mundo da tecnologia. 

8. Pétala Tuy, head de Inteligência Artificial e Machine Learning da Atos Brasil

Pétala Tuy, natural de Biritinga, no interior da Bahia, teve seu primeiro contato com a tecnologia em uma fase mais tardia em sua vida. “O universo de TI não era algo muito comum na minha realidade. Não sei se pela época ou pelo lugar em que morava, mas eu fui descobrindo todas as possibilidades só depois”, afirma a executiva.

Sua jornada acadêmica a levou a explorar profundamente esse campo. Graduada em Estatística pela UFBA, Pétala obteve seu mestrado em Inteligência Computacional e atualmente está concluindo seu doutorado em Visão Computacional pela mesma instituição. 

Pétala, executiva da Atos

Pétala Tuy, head de Inteligência Artificial e Machine Learning da Atos Brasil

Com uma carreira de sete anos dedicada ao uso de dados para orientar a tomada de decisões, Pétala deu um salto significativo em sua trajetória ao ingressar na Atos como cientista de dados em 2019. Em menos de dois anos, foi promovida a Líder Técnica de Inteligência Artificial (IA) & Aprendizado de Máquina (ML). Hoje, aos 29 anos, Pétala é head da área de IA/ML da Atos, liderando uma equipe de 13 profissionais distribuídos por todo o Brasil. 

Em cinco anos de Atos, Pétala desempenha papel ativo no desenvolvimento de soluções inovadoras, implementando o uso de IA em diversas verticais da indústria.

Além disso, ela se destaca como uma das poucas representantes do Brasil na Comunidade Científica da Atos, um grupo composto por mais de 180 profissionais da empresa em todo o mundo, dedicados ao estudo das tendências de negócios e tecnologia que moldarão o futuro das empresas e da sociedade nos próximos anos.

9. Ingrid Murielem, líder técnica na RD Station

Ingrid Murielem, uma entusiasta apaixonada pela tecnologia, acredita firmemente no poder transformador da inovação. Natural do Rio Grande do Sul, Ingrid foi incentivada pelos pais, que valorizavam muito a educação, a ingressar no mundo da tecnologia desde cedo, quando cursou ensino técnico na área de informática. 

A desenvolvedora de software se envolveu ativamente em coletivos como Rails Girls, Afropython e ProgramAda. Essas experiências foram fundamentais para que Ingrid descobrisse sua paixão pela área de tecnologia e decidisse trilhar esse caminho desafiador. 

Ingrid Murielen, líder técnica da RD Station

Ingrid Murielem, líder técnica na RD Station

Aos 28 anos, ela já é uma desenvolvedora de software experiente, acumulando quase uma década de experiência em diversos nichos do mercado de tecnologia.  

Ingrid enfrentou dificuldades como a necessidade de dominar o inglês, lidar com a solidão sendo uma mulher negra no universo da tecnologia e superar barreiras impostas pelo preconceito e pela falta de representatividade. 

Mas assim como diversas mulheres citadas até aqui, Ingrid encontrou apoio e força em seus semelhantes. Foi nos coletivos e comunidades, como o Afropython e o Comunidade Ruby, que ela conseguiu superar suas inseguranças e se conectar com pessoas que compartilhavam suas experiências e desafios. Essa rede de apoio foi fundamental para abrir portas profissionais e ajudá-la a se destacar em uma área muitas vezes dominada por homens. 

Hoje, Ingrid ocupa uma posição de liderança técnica na RD Station, liderando uma equipe de mulheres desenvolvedoras. Ela enxerga sua jornada não apenas como uma conquista pessoal, mas como uma oportunidade de inspirar outras mulheres e minorias a perseguirem seus sonhos na área da tecnologia. 

Quando questionada sobre qual conselho ela daria para uma menina que está ingressando na área de TI, ela foi enfática: não desista, mesmo diante dos desafios. O caminho pode não ser fácil, mas é recompensador. Conectar-se com pessoas que compartilham experiências semelhantes pode fazer toda a diferença no processo de crescimento pessoal e profissional.

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*Colaborou Pamela Sousa, repórter do IT Forum

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Déborah Oliveira

Editora-chefe e diretora de Conteúdo do IT Forum, Déborah Oliveira é jornalista com mais de 17 anos de experiência na área de TI. Tem passagens pelas redações da Computerworld, CIO e IDG Now!. Bacharel em Jornalismo, com graduação executiva em Marketing, e MBA em Marketing. Em 2018, foi vencedora do prêmio de melhor Jornalista de TI no Brasil, do Cecom. Em 2019 e 2020, foi destaque do mesmo prêmio na categoria Telecom. É uma das autoras do livro “Da Informática à Tecnologia da Informação – Jornalistas Contam Suas Histórias”, pela editora Reality Books, lançado em 2020.

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