59% das organizações brasileiras revela ter sofrido incidente cibernético em 2023
Estudo da Dell revela que maioria dos executivos está preocupado com aumento dos riscos trazidos pela IA Generativa
Quase seis (59%) em cada dez empresas brasileiras admite ter sofrido um ataque ou outro incidente de segurança cibernético que impediu o acesso aos dados corporativos. E se não bastasse, elas estão sendo desafiadas por fatores externos na hora de se proteger: 68% estão preocupadas com os custos crescentes de dos backups desses dados, uma vez que o volume de dados a serem gerenciados não para de crescer.
Os dados fazem parte da última edição do Índice Global de Proteção de Dados (GDPI), feito e divulgado anualmente pela Dell Technologies. Foram ouvidos 1.500 tomadores de decisão de TI e segurança de organizações de todo o mundo, inclusive no Brasil.
Outro assunto que preocupa bastante os executivos é, claro, a democratização das ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa e o gerenciamento das aplicações em diversos ambientes de nuvem (multicloud). Para 85% dos executivos brasileiros, a superfície de risco com a IA generativa vai crescer e exigir novas medidas de proteção de dados.
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Por outro lado, 65% dizem que a IA Generativa também trará vantagem na hora de se defender contra criminosos cibernéticos.
“O avanço da IA generativa e os desafios em assegurar a integridade das informações em ambientes multicloud fazem com que as empresas e os líderes de tecnologia e de segurança da informação repensem constantemente as suas estratégias de resiliência cibernética”, diz Wellington Menegasso, líder de vendas de proteção de dados e resiliência cibernética para o cone sul da América Latina da Dell.
Muitas nuvens, poucos olhos
No que diz respeito à computação multicloud, o estudo mostrou que a principal preocupação de mais da metade dos executivos de TI brasileiros (56%) é a complexidade do gerenciamento de múltiplos ambientes de nuvens públicas. Para 44% deles, garantir a segurança em nuvens híbridas e múltiplas ainda é uma barreira na jornada de transformação digital.
O estudo também indicou que o trabalho remoto, quando impulsionado pela pandemia, aumentou a exposição à perda de dados para 75% das empresas brasileiras consultadas. Para os líderes em cibersegurança, adotar estratégias para proteger os dados em ambientes remotos se torna imperativo em um contexto em que a transformação digital acelera.
Apólices de seguro contra ransomware é uma medida utilizada por quase todas as organizações brasileiras ouvidas no estudo. E 71% afirmam que devem comprovar atividades de prevenção de ameaças cibernéticas seguindo “melhores práticas”.
Apesar da dificuldade de gerenciar ambientes multicloud, eles são estratégicos para as organizações brasileiras: 81% não têm certeza da sua capacidade de proteger dados em nuvens públicas, mas 57% dizem que é importante ter essa capacidade para múltiplas cargas de trabalho (VMs, contêineres, aplicativos nativos da nuvem, cargas de trabalho SaaS).
O estudo completo pode ser acessado (em inglês) nesse endereço.
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