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5 dicas para turbinar o currículo em tempos de inteligência artificial

A transformação digital também mudou a maneira com que empresas encontram e selecionam candidatos para as vagas de emprego anunciadas. O uso da inteligência artificial nos processos seletivos facilita a triagem de currículos e auxilia os profissionais de RH na escolha de novos colaboradores.

Para Tiago Mavichian, CEO e cofundador da Companhia de Estágios, as ferramentas de IA no recrutamento aceleram todo o processo e oferecem bons insumos para a tomada de decisão dos recrutadores. “O sistema lê currículos, cruza informações dos testes técnicos com os comportamentais e faz um ranqueamento. Cabe ao RH conversar com os candidatos e dar a palavra final sobre quem será ou não aprovado, garantindo um feedback mais assertivo”, conta o executivo.

Leia também: 4 dicas para participar de um processo seletivo on-line

Se antes era preciso que um recrutador lesse cada currículo, agora isso é função dos robôs. Na prática, o que muda é o jeito de escrever: o candidato precisa estudar o que a vaga pede e usar em seu currículo palavras semelhantes às utilizadas na descrição do cargo — sem inventar, é claro. Confira 5 dicas do CEO da Companhia de Estágios para ter um currículo turbinado em tempos de inteligência artificial:

1) Caprichar nas palavras-chaves

Nas plataformas de busca, as palavras-chave são usadas como filtro para localizar resultados satisfatórios em uma determinada pesquisa. Na disputa para aparecer na primeira página de buscadores como o Google, as empresas apostam em keywords que ajudam a posicionar as páginas como mais relevantes para os usuários.

A Inteligência Artificial também procura palavras-chaves no texto do currículo, correspondendo os termos encontrados aos critérios de cada vaga. Se a posição é de desenvolvedor, por exemplo, palavras-chave como “software”, “arquitetura”, “framework” e “dados” podem ajudar o CV a se posicionar melhor.

Leia também: 7 dicas imperdíveis de LinkedIn para profissionais de tecnologia

Cursos e certificações também são considerados pela inteligência artificial, então usá-los estrategicamente no LinkedIn e no currículo também ajuda a estabelecer vantagens para os candidatos. Um profissional formado em Jornalismo, mas que tem na bagagem cursos de UX Writing e SEO mostra às ferramentas de IA que está interessado em uma carreira em tecnologia ao invés de outros setores.

2) Não mentir sobre o nível do Inglês

É comum que as pessoas aumentem um pouco a realidade no CV, afirmando dominar habilidades mesmo quando isso não é bem verdade. É o caso do conhecimento em Inglês, um critério de seleção adotado por diversas empresas, o que acaba fazendo com que os candidatos não sejam honestos sobre seu domínio do idioma na expectativa de conseguir um emprego.

No entanto, mentir acerca do nível do Inglês nas plataformas de vagas pode ser uma armadilha. Isso porque o sistema considera a informação da vaga e calibra os testes de acordo com o nível indicado. “Se o candidato tem um nível básico, mas diz que é avançado, será testado com questões mais difíceis. Da mesma forma que o recrutador experiente consegue identificar a mentira, a ferramenta também”, avisa Mavichian. Sendo assim, a regra é falar a verdade sempre, sobretudo no que diz respeito ao conhecimento de outras línguas.

3) Não subestimar os testes de conhecimentos das plataformas

Outra atitude que pode colocar tudo a perder em um processo seletivo é achar que pode driblar as perguntas das plataformas de recrutamento e seleção. Muitos sistemas impedem que outras abas sejam abertas durante o teste, portanto é uma péssima ideia depositar no Google as esperanças de se dar bem e encontrar as respostas das questões.

Leia também: 5 perguntas mais comuns em entrevistas de emprego e como respondê-las

Além disso, as perguntas dos testes geralmente têm um limite de tempo para cada resposta, tornando inviável a busca em outros sites. Vale o conselho do tópico anterior: seja sincero com você mesmo e com a empresa que está contratando, sem recorrer a artifícios que servirão apenas para criar uma falsa vantagem.

4) Levar os jogos e dinâmicas a sério

Mais do que dar um toque lúdico à seleção, a gamificação dos processos de recrutamento online ajuda a mensurar, entre outras coisas, a capacidade de tomar decisões e o quanto o candidato se adequa à cultura e aos valores da empresa.

A etapa de jogos pode até ser divertida, mas precisa ser levada a sério pelos que estão interessados na vaga e encarada como um passo importante na definição do perfil do candidato.

5) Saber falar de seus pontos fortes e fracos

Nunca as soft skills foram tão valorizadas na escolha de um candidato. Pensar previamente sobre as próprias qualidades e também as habilidades que precisam ser desenvolvidas é fundamental para que a empresa entenda se o candidato está dentro do perfil desejado para a oportunidade em questão.

Leia também: 5 soft skills mais buscados por empresas

Além de realizar os teste de personalidade das plataformas, uma boa prática para chamar a atenção das ferramentas de inteligência artificial e dos recrutadores que lerem o currículo é elencar suas principais qualidades no documento.

Conclusão

Se você está procurando emprego ou participando de um processo seletivo, é bastante provável que as etapas do recrutamento contem com a ajuda da inteligência artificial. Por isso, seu currículo e perfil nas plataformas de seleção deve se adequar aos critérios que a IA identifica como principais para a contratação de cada posição.

Informe-se sobre os requisitos das oportunidades nas quais tem interesse e siga as dicas acima para ter chances melhores de ser contratado. Para saber mais sobre vagas abertas em TI e como desenvolver sua carreira em tecnologia, acompanhe o IT Forum no LinkedIn e no Instagram.

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