Para 45% das empresas, Business Agility aumenta produtividade

O estudo “Business Agility Transformation – Uma perspectiva das empresas brasileiras”, conduzido pelo IDC, em parceria com a Accenture, mostrou que o aumento da produtividade (45,5%), melhores níveis de satisfação dos clientes (32,5%) e as tomadas de decisões mais rápidas (29%) estão entre os três principais impactos para as empresas que trabalham com iniciativas de Business Agility (Agilidade nos Negócios ou Transformação Ágil) no Brasil.

“A empresa precisa ter ciência que Business Agility é uma competência, acima de tudo, e por ser uma competência depende de pessoas, processos e das ferramentas corretas. Precisa ter as tecnologias adequadas, uma estrutura organizacional adequada. Diferente de métodos ágeis, esse é um negócio muito mais complexo. A organização precisa se estruturar, adotar práticas modernas e ter tecnologia e pessoas adequadas”, explicou Edivandro Conforto, diretor executivo e líder para América Latina da prática de Business Agility e Transformação na Accenture.

De acordo com o estudo, as empresas com modelos de Business Agility (BA) em andamento percebem de forma mais realista e prática os benefícios alcançados. No nível operacional, a colaboração e produtividade se destacam, ao passo que no nível tático é a motivação e bem-estar. No entanto, o estudo mostra que ainda há espaço para o acompanhamento e mensuração dos benefícios (valor) dessa transformação.

De acordo com o executivo, o primeiro passo é definir o que Business Agility significa para o seu negócio. Na pesquisa, um terço dos respondentes disseram que o conceito ajuda no aumento de competitividade, capacidade de inovar, ter foco no cliente e a quebrar silos.

“Nesse primeiro momento, a alta gestão tem que estar à frente. Não é uma área ou um time, é toda a organização. A alta gestão precisa sentar e ver o que é Business Agility. Discutir como ajudará a cumprir as metas e como conecta com a estratégia. A partir disso, fica muito mais claro por onde eles começam essa transformação”, alerta Edivandro.

Além disso, segundo o especialista, é essencial fazer um diagnóstico e entender o cenário atual. Quanto a empresa está atrasada em tecnologia ou em práticas de gestão? Como é feita a estrutura: por projeto, por produto, por área funcional?

No contexto das empresas pesquisadas, 9 em cada 10 já possuem iniciativas de Business Agility. Em mais da metade desse grupo, as iniciativas permeiam toda a empresa. Interessante é que pouco mais de um terço (39%) dos participantes afirmaram que começaram essa transformação dentro dos últimos 3 anos, o que alinha com a demanda por transformação provocada pela pandemia.

“A produtividade aumenta porque o Business Agility ajuda a focar naquilo que tem maior resultado para a empresa. Produtividade, no fim do dia, não é produzir mais, é o que traz mais resultado. Eu posso produzir, produzir, produzir e no fim do dia não trazer resultado”, exemplifica Edivandro.

Ainda assim, existem desafios para alavancar os negócios. O primeiro é profissionais com os skills corretos. “Eu tenho o perfil para atuar nesse modelo e do profissional que transformará e criará esse modelo. O perfil que vai atuar é um membro de equipe ou um líder de várias equipes ou que vai liderar uma área. E tem a pessoa que vai construir esse modelo”, comenta o executivo.

O segundo tema é a questão de silos. Quando essa transformação começa, uma das grandes barreiras é a cultura e a dinâmica de poder e como romper isso. É preciso convencer essas pessoas de trabalhar de forma mais horizontal, menos centralizada. É um trabalho estratégico, complicado, porque tem que convencer muitas pessoas, movimentá-las e isso gera uma complexidade para o negócios.

Já a cultura é abstrata e depende de outros fatores, como métricas, comunicação e tomada de decisões. “Ela é o resultado da combinação de alguns fatores tangíveis. Se a gente não olhar para a causa-raiz da cultura, a gente não muda a cultura”, alerta Edivandro.

Por fim, é essencial ter prioridade ao começar uma transformação voltada ao Business Agility. “É um assunto estratégico, precisa ter dedicação, investimento e as pessoas precisam ter isso como prioridade na sua agenda e na melhor das hipóteses ser medido pelos resultados dessa transformação”, finaliza.

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