Metade das empresas quer voltar aos escritórios só em 2022, diz estudo
Pesquisa da KPMG indica que 40% programam retorno presencial para o primeiro semestre de 2022 e 8% para o segundo semestre
Apesar do avanço da vacinação, as companhias brasileiras estão divididas em relação ao retorno aos escritórios. Enquanto metade delas (51%) retomará ao trabalho presencial ainda neste semestre, pouco mais de 48% devem voltar aos escritórios no ano que vem. Dentre essas, 40% o farão no primeiro semestre de 2022 e 8% planejam o retorno presencial somente no segundo semestre do mesmo ano, indica a “Pesquisa Covid-19: Como será o seu retorno aos escritórios”, conduzida pela KPMG em agosto.
Em comparação com a pesquisa anterior, publicada em abril, cerca de 39% programavam o retorno para o segundo semestre deste ano, 34% apenas no próximo ano e 27% no primeiro semestre deste ano.
De acordo com Jean Paraskevopoulos, sócio-líder de clientes e mercados da KPMG no Brasil e na América do Sul, os dados recentes demonstram que ainda há um ambiente de insegurança para o retorno pleno dos colaboradores aos escritórios, o que deve acontecer de forma gradual.
“Algumas variáveis surgiram, como o aparecimento de novas cepas e, por isso, a decisão sobre o retorno parece que está sendo postergada. Enquanto isso, as empresas e seus executivos seguem atuando para conquistar mercado e gerar negócios”, complementa.
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O estudo também indica que o modelo de trabalho híbrido, mesmo com a vacinação, é bem aceito entre os entrevistados. As respostas se dividem entre: sim, três vezes por semana (28,9%); sim, duas vezes por semana (28,5%); não (14,6%); sim, cinco vezes por semana (11,5%); sim, quatro vezes por semana (9%); sim, uma vez por semana (7,3%).
A maioria (50,8%) dos participantes acredita que o surgimento de novas cepas do coronavírus afetou o cronograma de retorno aos escritórios. Já 36% pretendem manter o uso de máscara de proteção e utilização de álcool em gel mesmo com a vacinação
Questionados sobre a alteração do espaço físicos nas empresas e se pretendem retomar o espaço anterior após a vacinação, as respostas dos executivos foram: não (48,4%); sim, reduzi, mas pretendo manter o espaço atual (39%); sim, reduzi, mas espero retomar o espaço anterior (12,5%).
A KPMG entrevistou 287 empresas de todas as regiões para o levantamento. Elas estão distribuídas entre os setores: agronegócio (6,25%), consumo e varejo (6,56%), energia e recursos naturais (7,50%), governo (1,56%), infraestrutura (3,44%), Mercados Industriais (11,56%), saúde e ciências da vida (4,69%), serviços financeiros (18,44%), tecnologia, nídia e telecomunicações (10,31%), ONGs (1,25%) e outros serviços (28,44%).