VMware: regulamentação de IA será benéfica para uso da tecnologia
Brasil está navegando em águas desconhecidas, onde a regulamentação é essencial para evitar um "faroeste" tecnológico
Empresas brasileiras estão neste momento entendendo o potencial da inteligência artificial (IA) em seus negócios e aplicando a tecnologia em algumas áreas para escalar a inciativa. No estudo Antes da TI, a Estratégia 2023, da IT Mídia, dos 560 líderes brasileiros respondentes, 57% revelam ter perspectivas de investimento em IA nos próximos meses.
Na esteira dessa tecnologia está a VMware, que quer simplificar a aplicação da IA nos negócios. Durante o VMware Explore São Paulo, realizado de 18 a 19 de outubro, Amanda Blevins, CTO global da empresa, José Duarte, country manager da VMware Brasil, e André Andreolli, diretor sênior de engenharia da VMware para a América Latina, compartilharam suas perspectivas sobre o estado atual e o futuro da IA no Brasil.
A preocupação com a segurança foi abordada, com Amanda mencionando a necessidade de empresas se prepararem para ciberataques. A regulamentação, neste contexto, seria uma peça-chave para fortalecer a segurança e a integridade das tecnologias de IA tanto no Brasil, quanto no mundo.
“A regulamentação e IA é necessária. Existe preocupação com IA generativa devido ao potencial da tecnologia e quando usada para o mal, pode causar destruição não pensada. Nesse contexto, entra a questão ética do quanto é ético ou não usar IA generativa. Vai ter de ser regulada. Como vai? Não sei, pois isso é novo”, reflete Duarte.
Ele reforça ainda que não vê no momento nenhuma empresa esperando para usar IA. Ao contrário. “Mas usar por usar não faz sentido. Tem de fazer sentido”, provoca ele. O executivo compara o processo de adoção da tecnologia com a transição para a nuvem, indicando que as empresas precisam experimentar e testar para entender o que faz sentido para seus negócios.
Andreolli ressalta que o apetite do Brasil pela IA está alto, com empresas explorando e experimentando. No entanto, ele também destacou a necessidade urgente de regulamentação. “As preocupações éticas e o potencial de uso indevido da IA generativa exigem uma estrutura regulatória sólida. No momento, o Brasil está navegando em águas desconhecidas, onde a regulamentação é essencial para evitar um “faroeste” tecnológico”, observa.
Aceleração da IA
Amanda mencionou exemplos concretos de como a IA generativa está sendo aplicada, incluindo chatbots interativos, suporte ao cliente e soluções de serviços. Contudo, a aplicação prática da IA generativa ainda está em fase experimental para muitas empresas, pois enfrentam desafios como investimentos significativos e a busca por casos de uso concretos.
Para acelerar iniciativas locais de IA, a VMware ressaltou sua parceria com a NVIDIA. A colaboração entre as empresas têm como objetivo facilitar o uso da IA em negócios por aqui,, muitas das quais já utilizam VMware como seu sistema operacional principal. “Trabalhamos juntos desde 2006 e estamos empenhados em acelerar projetos de IA provendo conhecimento e segurança. Trabalhar com IA não exige um megainvestimento, é possível tirar proveito do que já há de base instalada”, comenta Marcio Aguiar, diretor da divisão Enterprise da NVIDIA para América Latina.
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